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Toni Erdmann - Crítica do filme

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Toni Erdmann – 2016

Toni Erdmann é um dos filmes estrangeiros mais aguardados de 2016. Terceira entrada na filmografia de Maren Ade como diretora, o excepcional marketing dentro do mercado europeu e estadunidense deixam claro que a produção alemã busca todos os prêmios possíveis desta temporada.

Ines Conradi (Sandra Hüller) é uma respeitada consultora empresarial que atualmente trabalha para uma grande corporação em Budapeste, Romênia. Seu pai, Winfried (Peter Simonischek) é um homem complexo: ele anda um medidor de pressão em seu peito, usa uma dentadura falsa e pinta seu rosto para chamar a atenção nas atividades locais. Com o dom para fazer piadas fora de hora, ele decide visitar sua filha na Romênia após sofrer com a morte de seu cachorro. Na Romênia, ele alterna personalidades: enquanto Winfried, ele busca evitar que sua filha passe vergonha em importantes reuniões de negócios. Mais tarde, quando sua presença é descartada por Ines, ele permanece em Budapeste, mas assume a persona de Toni Erdmann, um “coach da vida”, disposto a aproveitar ao máximo a capital romena.

O filme de Maren Ade pode ser perfeitamente compreendido dentro do cinema autoral alemão deste novo milênio. Na primeira hora, Toni Erdmann é uma comédia sobre reaproximação, que tem como objetivo secundário explorar as máculas da vida de negócios a partir da visão feminina – vítima de constantes pressões de até mesmo de assédios. Neste caso, a presença de Winfried é usada para quebrar o gelo em um ambiente executivo – teoricamente sério e fechado.

Temos aqui um perfeito exemplo de como trabalhar a audiência. O bom humor através da figura de Erdmann é abundante, e Ade consegue criar uma alta expectativa em torno da presença do protagonista. Em última instância, o longa funciona como um retrato da sociedade atual, com uma aguda crítica as relações familiares, cada vez mais distantes, a disputa de egos no ambiente de trabalho e a mulher como destaque.

Indicado da Alemanha ao Oscar, Toni Erdmann terá que quebrar algumas barreiras tradicionalmente impostas pela comissão de filme estrangeiro: a primeira delas diz respeito ao gênero. Todos sabemos que a comédia nunca foi vista com bons olhos pela Academia, o que tornaria indispensável a plena interpretação do drama familiar escondido na dentadura usada por Erdmann. Outro ponto notável é a longa duração do filme (2h42min). A Academia restringe suas nomeações para filmes com duração acessível, e abriu raras exceções (como Fanny e Alexander) para longas com uma fortíssima construção técnica e artística. Se Erdmann passar pelo crivo da comissão e estiver em condições de igualdade com os demais longas selecionados, certamente será um dos grandes favoritos ao prêmio.

* Filme visto no Festival do Rio 2016

NOTA: 8/10

IMDb