Katok i skripka (O Rolo Compressor e o Violinista, no Brasil) foi produzido em 1960 e apresentado por Andrei Tarkovsky na VGIK (escola de cinema de Moscou) como seu trabalho de conclusão para obtenção do diploma final. Com pouco mais de quarenta minutos de duração, o roteiro foi escrito por Andrei Konchalovsky.
O foco do filme é desvendar uma improvável amizade feita entre uma criança violinista (Igor Fomchenko) com o operador de um rolo compressor que atua em seu bairro (Vladimir Zamanskiy). Este plot bastante simples torna a obra bastante acessível para o público (e certamente de mais fácil comprensão da filmografia do diretor). Ainda que preso em algumas tradições do cinema soviético, como a dura transição entre as cenas, Tarkovsky mostrou-se ambicioso suficiente para deixar uma marca que o seguiria durante toda sua carreira: o lento desenvolvimento do roteiro.
Pois é, o filme se apega muito aos detalhes. Os diálogos entre os protagonistas são interrompidos por longas caminhadas e músicas no violino. A imagem de uma nação em próspera e progresso (talvez imposição do Instituto VGIK) é apresentada para o espectador. A tomada das cenas é feita de forma bastante cautelosa, e o diretor investe em vários ângulos para captar a essência desta estranha amizade.
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NOTA: 6/10