2018, enfim, foi um excelente ano para documentários. Ótimas prthe sittoduções originais, festivais temáticos com boa visibilidade, mais investimentos e um público interessado cada vez maior. Segundo minha lista no IMDb – assisti 36 documentários produzidos em 2018 – um número que considero razoável, tendo em conta que não participei de nenhum evento focado apenas neste gênero. Esta é a minha lista dos cinco melhores de 2018:
5) The Silence of Others / El Silencio de Otros
A produção espanhola que trata sobre os crimes do regime de Francisco Franco ganhou lançamento nos Estados Unidos e já foi premiado em festivais. Também recebeu lançamento limitado no Brasil. É um documentário que clama pela justiça e tem sua construção moldada em entrevistas, imagens de arquivo – com bela composição sonora. Por vezes brutal, mas necessário.
4) Three Identical Strangers
Uma história tão impressionante que é difícil de acreditar. Mas o melhor desta produção é a capacidade de surpreender e gerar questões mais relevantes para discussão – especialmente no caso da adoção, além de tratar sobre questões éticas e morais da pesquisa científica.
3) RBG
Ruth Bader Ginsburg está longe de ser consenso nos Estados Unidos. Na verdade, o próprio Partido Democrata demonstrou sua insatisfação com a juíza da Suprema Corte por não ter pedido sua aposentadoria durante a presidência Obama. Existem dificuldades na confecção de um documentário político – seja entre o posicionamento do realizador ou da própria perspectiva, mas considero que o resumão da carreira de Ginsburg foi satisfatório. Sim, existem simplificações grosseiras e várias polêmicas são deixadas de lado – mas tudo isso faz parte da perspectiva e construção.
2) Free Solo
A excelente produção vencedora do Oscar tem vários méritos: excelente trabalho de captação de imagens e montagem, ótima construção de roteiro e um estilo de narrativa que quebra com o tipo de documentário típico do Nat Geo ou Discovery. Será um modelo para filmes do mesmo tipo no futuro.
1) Won’t You Be My Neighbor?
O melhor documentário do ano é uma carta de amor para Fred Rogers, explorando seu legado e sua importância nos Estados Unidos. Segue convenções tradicionais de uma produção que segue a biografia de uma pessoa, mas faz um uso proveitoso do vasto material de arquivo de Rogers. Emocionante!