Na década de 1980, alguns acadêmicos que estudam cinema tentaram abrir e popularizar o conceito de ‘filme C’, algo que nunca deslanchou. Trago essa ideia para justificar a péssima qualidade de produções direct-to-video dos últimos quinze anos e colocar Kill’em All na lista de filmes desnecessários, que apenas buscam explorar o apelo do passado de Jean-Claude Van Damme para conseguir algumas vendas e gerar alguns dólares ao aparato de produção montado.
É triste notar que a indústria de cinema dos EUA continue apostando neste tipo de filme: a história é fraca, o desfecho final é previsível e beira o ridículo, as atuações são precárias, faltam efeitos especiais e a montagem é corrida, deixando claro que o longa demorou no máximo uma semana para ser concluído.
Van Damme é Philip, estrangeiro que chega ensanguentado a um hospital junto de um diplomata e de uma gangue que invade o local. A enfermeira Suzanne (Autumn Reeser), única sobrevivente do conflito que toma lugar, é interrogada pelo FBI, que tenta conseguir provas para fechar o caso.
Poderia explorar vários pontos – mas prefiro resumir: falta tudo! Van Damme está fora de forma e péssimo (os recursos para mostrar o ator no combate chegam a ofender o público) e nem os coadjuvantes acreditam na história que é contada.
Kill’em All é um dos piores filmes que vi recentemente. Não seria aproveitado nem mesmo por um estudante de cinema em busca de aprovação de seu projeto final da faculdade, pois não apresenta diálogos coerentes e estruturação digna. É apenas um caça-níquel que se aproveita do modelo de distribuição de filmes vigente no mercado.
NOTA: 1/10