Florence Foster Jenkins (Florence: Quem é Essa Mulher?, no Brasil) é uma das melhores comédias do ano de 2016. A bela atuação de Meryl Streep junto do maravilhoso suporte de Hugh Grant – que se destaca como um dos principais coadjuvantes desta temporada no cinema – tornam o leve roteiro uma opção de entretenimento válida para toda família.
Florence Foster Jenkins (Streep) nasceu em 1868. Ela foi a criadora do Verdi Club, sociedade de apreciação de música clássica, que logo se tornou uma das principais organizações de seu gênero na cidade de Nova York. Com uma boa fortuna, Jenkins conseguiu relevância e decidiu levar adiante seu sonho de cantar para a alta sociedade. O problema, como todos sabem, estava no fato de ela ser alvo de chachota por conta de sua voz. Seu companheiro, o ator Clair Bayfield (Hugh Grant) tentava ao máximo reduzir possíveis estragos na imagem de Florence, sempre com muito dinheiro em jogo.
O lançamento de Marguerite, de Xavier Giannoli, estabeleceu um parâmetro direto de comparação. É fato que a história de Florence beira o bizarro. Enquanto os franceses optaram por montar seu filme em cima de uma porção de casos – adaptados para ressaltar tons surreais, o diretor Stephen Fears preferiu tentar seguir ao máximo a história real, com leves distrações para deixar o personagem de Grant brilhar.
A narrativa propõe um recorte temporal voltado apenas para o ano de 1944. Essa opção foi extremamente coerente, já que privilegia o ano mais importante da vida de Florence. Foi em meio a Segunda Guerra Mundial que a mulher tocou no Carnegie Hall, em seu primeiro e último concerto aberto ao público.
É na preparação para essa importante ocasião que Fears apresenta as melhores cenas ao espectador. Desde a introdução do irreverente pianista (Simon Helberg) que a acompanha até os trambiques de Bayfield para controlar as críticas negativas da imprensa temos um conjunto de alegorias que ressaltam a conturbada vida de todos que cercavam Florence. O toque cômico é hilário!
Florence Foster Jenkins conquistou audiências do mundo inteiro, e fez por merecer as indicações ao Globo de Ouro de 2017.
NOTA: 7/10
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