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The Conjuring 2 (Invocação do Mal 2) – 2016

Muito antes dos casos sobrenaturais serem alvo de programas diários em canais como History, Discovery e National Geographic, o casal Ed e Lorraine Warren fazia sucesso nas principais redes dos Estados Unidos com especiais que atingiam altos índices de audiência. A curiosidade do público em saber detalhes de situações que envolviam espíritos e casas mal assombradas teve seu auge na década de 1970. Em The Conjuring 2 (Invocação do Mal 2, no Brasil), o diretor James Wan apresenta mais um capítulo de sua série sobre o casal, desta vez com uma dos casos mais controversos da Inglaterra.

Ed e Lorraine (Patrick Wilson e Vera Farmiga) desta vez são chamados para investigar o caso relatado por Peggy Hodgson (Frances O’Connor), mãe solteira de Enfield que diz que sua casa está sendo assombrada pelo espírito de seu antigo morador. Com policiais e vizinhos como testemunhas de fenômenos sobrenaturais, o casal investiga até que ponto a jovem Janet (Madison Wolfe) fala a verdade ao dizer que é possuída.

O segundo capítulo apresenta uma interessante transformação estrutural: deste vez, existe um interesse muito maior em assustar com os tradicionais clichês – já que a exploração da criança é justificada pela história “real”*. A fotografia é bastante interessante, e explora bem os tons negros para, junto de uma eficaz trilha sonora, gerar um ambiente de tensão muito forte. Mas ao mesmo tempo que existem cenas maduras, sólidas e bem construídas – como as tomadas introdutórias e finais – o filme tem uma quantidade expressiva de cenas um tanto quanto desnecessárias, especialmente as que envolvem Lorraine e suas visões, que poderiam facilmente ser cortadas até para diminuir o tempo final de rodagem (de mais de duas horas). Em suma, como filme de terror, Wan entrega um resultado bom, mas que perde o fôlego pela falta de inovação e pelo uso de velhos truques do gênero.

The Conjuring tem tudo para se fixar com uma franquia, tendo em vista a vasta carreira de Ed e Lorraine. No entanto, Wan precisa tomar uma grande decisão: focar no terror – pura e simplesmente – ou tomar posição, abraçar os escritos dos dois pesquisadores americanos e manter uma proximidade ‘histórica’ com os registros de ambos, se é que isto é possível, tendo em vista a alta porção de acadêmicos céticos. Caso o diretor opte pela mesma fórmula deste segundo filme, infelizmente o futuro da série pode estar comprometido, já que cairá no mesmo ciclo repetitivo e tendencioso produzido em Hollywood, onde um grito vale muito mais do que um bom roteiro.

* Utilizei as aspas para mencionar a história dita real para não entrar em detalhes sobre a vericidade do caso. Para o leitor que se interessar, uma vasta quantidade de documentários podem ser acessados na internet sobre o Enfield Poltergeist, bem como publicações acadêmicas e voltadas ao público em geral.

NOTA: 6/10

IMDb

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