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United – 2011

Em tempo de Copa do Mundo no Brasil, nada melhor do que ver um filme relacionado a futebol!

Filmes que enfocam esportes geralmente tem uma aceitação muito baixa pelo grande público, geralmente porque visam plateias muito restritas. O grande problema é que se o esporte não é popular nos Estados Unidos, como no caso do futebol, as grandes distribuidoras torcem o nariz e não se mostram dispostas a nenhum tipo de discussão. Isto inviabiliza qualquer projeto ambicioso.

Como seria bom ver histórias relacionadas a grandes jogadores e equipes de futebol do passado. Salvo raras exceções, isto não é possível a nível mundial, e os produtores geralmente deixam de lado a dramatização para fazer o feijão com arroz em documentários.

Quando os recursos aparecem – mesmo escassos – filmes como United ganham vida. Orçado em 2 milhões de libras, o longa da BBC feito originalmente para a televisão não apresenta nenhum ator conhecido. Seu diretor, James Strong, até então nunca teve êxito na TV inglesa, já que suas séries eram canceladas quase sempre na primeira temporada.

Pode-se notar facilmente que este filme tem dois grandes objetivos: o primeiro é lembrar a memória de todos os mortos no trágico acidente aéreo que ocorreu em Berlim no ano de 1958, quando 23 pessoas morreram (dentre elas oito jogadores do Manchester United) após o avião não conseguir decolar. O drama começa com todos os problemas que o time inglês enfrentou com a federação de futebol do seu país para participar da European Cup. Quem não é familiarizado com a história por trás do acidente vai ficar boiando em várias cenas, especialmente nas relacionadas à Duncan Edwards. Para quem não sabe, este foi um dos maiores jogadores da geração inglesa pós- Segunda Guerra Mundial. Sua morte, com apenas 21 anos, fez nascer o mito de que ele foi o melhor jogador da história da Inglaterra. Outro objetivo é de cultuar Bobby Charlton, ídolo máximo dos Red Devils.

Devido às dificuldades para recriar o ambiente futebolístico da década de 1950, a maior parte das cenas ocorre no vestiário do Old Trafford e no hospital de Berlim. O filme é carregado com um melodrama que chega até mesmo a criar vilões e mocinhos. O caso que mais tira do sério é a tentativa de denegrir a imagem do diretor de futebol da federação inglesa, Alan Hardaker, a todo custo. No filme ele vira um homem ranzinza e vingativo. Péssimo anacronismo com o único intuito de tocar um roteiro que não conta uma história, mas visa despertar emoções em um grupo muito específico: os fãs do United.

NOTA: 5/10

IMDB

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