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Era Uma Vez em Hollywood - Crítica do filme

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Once Upon a Time in Hollywood (Era Uma Vez em Hollywood) – 2019

Quentin Tarantino faz de Once Upon a Time in Hollywood (Era Uma Vez em Hollywood, no Brasil) uma experiência riquíssima para quem ama a sétima arte. Desde a influência de Sergio Leone no título do filme até uma diversidade enorme de cartazes de longas que tiveram impacto na vida do diretor – meticulosamente espalhados e posicionados – é impossível não se impressionar com a riqueza de detalhes e com o cuidado para recriar Hollywood e Westwood no conturbado ano de 1969. O penúltimo projeto de Tarantino é o mais pessoal de sua carreira, mas não foge em nenhum instante da linha criativa que é a marca do realizador.

Recentemente discuti sobre o filme B The Haunting of Sharon Tate – projeto que buscou o lucro em cima da controvérsia. Extremamente desrespeitoso com a vítima, desnecessário e vil, este filme é um bom exemplo da exploração atual em Hollywood. Ao tomar conhecimento de Once Upon a Time in Hollywood, confesso que fiquei preocupado com o tratamento da história – que, até então, não tinha a aprovação da família Tate. Mas após a exibição, um alívio: existe um lindo tributo à atriz – em uma cena demasiada longa, quando Tate vai ao cinema assistir um filme que ela estrelou (The Wrecking Crew), mas necessária para estabelecer um arco narrativo na história e fazer o espectador lamentar a brutalidade do caso Tate-LaBianca, que tirou a vida de uma estrela em ascensão.

Tarantino não se compromete em nenhum minuto com a verdade – e deixa isso claro desde as primeiras tomadas. Sim, sua argumentação leva em conta casos reais, pessoas reais, problemas da indústria do cinema e paradigmas da transição da década de 1960 para a de 1970. É no coração de Hollywood que o ator Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) nota sua carreira em declínio, sem qualquer rumo e perspectiva. Seu dublê e amigo, Cliff Booth (Brad Pitt), acaba sendo afetado por essa situação – e Marvin Schwarzs (Al Pacino) diz que a saída pode estar na Itália, em um reboot na carreira com o spaghetti western.

Nesse momento, Tarantino articula com perfeição as dúvidas que rondaram tantas estrelas do cinema, desde Clint Eastwood até Burt Reynolds (que serviu como inspiração para o personagem de Leo). Cabe notar que a dinâmica entre Ciff e Rick é muito bem articulada, já que os dois personagens tem motivações e objetivos muito claros. A relação dos amigos, inclusive, destaca um lado íntimo pouco comum em um filme assinado por Tarantino, mas extremamente recompensador, na medida que o contato com nomes como Bruce Lee ou Steve McQueen atinge em cheio o público, seja pela nostalgia ou pela dose de humor aplicada.

Os nomes mais famosos e mais relevantes para o longa, no entanto, são Sharon Tate (Margot Robbie) e Roman Polanski (Rafal Zawierucha). O diretor, que ainda curtia o sucesso de O Bebê de Rosemary, é discreto e contrasta com a virtuosidade de Tate. Da mesma forma, existe uma breve participação de Charles Manson (Damon Herriman) e de seu culto, apresentados de forma sucinta para Tarantino reescrever a história.

Robbie tem pouco tempo de tela, mas é necessária para articular e montar o ato final deste espetáculo, tipico do diretor. Leo DiCaprio, por outro lado, entrega uma das melhores atuações de sua carreira, totalmente desenvolto e confortável em um personagem que passa por problemas pessoais – mas que não abre mão de suas conquistas.

Chama a atenção a impecável direção de arte que torna tão agradável a composição visual da Hollywood antiga – testemunhada desde a fachada do cinema até no trabalho para resgatar a Hollywood Blvd. Era Uma Vez em Hollywood é um nome certo no Oscar 2020, seja para categorias principais quanto para algumas técnicas, dada a maestria do trabalho apresentado. Cabe a Sony investir na campanha e não deixar que a data de lançamento do longa acabe influenciando de forma negativa o impacto do filme na temporada de premiações.

Uma adição de peso na filmografia de Tarantino!

Comentário em vídeo (sem spoilers):

NOTA: 9/10

IMDb

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