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Colossal - Crítica do filme

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Colossal – 2017

O diretor espanhol Nacho Vigalondo conseguiu visibilidade e notoriedade mundial logo com o seu primeiro filme, Los cronocrímenes, lançado em 2007. Dez anos depois, no entanto, sua filmografia não mostra um exemplo de filme bem sucedido – e Colossal – sua segunda produção em língua inglesa, é um fracasso monumental. Ao tentar combinar elementos de ficção com o humor negro que é típico de sua proposta narrativa, Vigalondo faz de seu novo filme uma história sem qualquer nexo, contradizendo seu próprio histórico pessoal, que engajava propostas de histórias com forte tensão e pensamento por parte do público.

Gloria (Anne Hathaway) é uma escritora desempregada que tenta superar seu alcoolismo. Ela reencontra Oscar (Jason Sudeikis), amigo de infância, e tenta recomeçar sua vida após conseguir uma vaga de trabalho no bar mantido pelo homem. Toda a trama é amarrada a partir do momento em que descobrimos que ela está conectada a um monstro gigante que começa a atacar Seul.

Seria extremamente válido tornar a ligação de Gloria com o monstro em uma forma de trabalhar de forma secundária os inúmeros desafios impostos a partir do momento em a moça busca curar seu vício. O monstro, portanto, seria o demônio dentro de seu corpo que pede por mais um gole de cerveja. O problema é que nem Vigalondo sabe como trabalhar com o que tem em mãos, já que a participação de Sudeikis desestabiliza o plano narrativo ao invés de atuar como forma positiva no contexto geral da história.

Colossal chega aos cinemas nove meses após sua estreia, em Toronto. É difícil para as distribuidoras promoverem este tipo de produção, já que não existe um público alvo bem definido que aceite de bom grado todas as distorções cometidas pelo diretor. Infelizmente o experimento não foi bem sucedido, e Anne Hathaway parece longe de seu potencial em um papel fraquíssimo.

NOTA: 5/10

IMDb

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