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Documentários em Curta-Metragem indicados ao Oscar 2017

Os documentários em curta-metragem de 2017 têm atenção especial para o caos na Síria. Três produções tratam diretamente sobre o tema, fato que merece destaque por não ter precedentes na história da Academia. Vamos aos indicados:

4.1 Miles – A interessante produção grega partilha do mesmo tema de Fire at Sea, indicado ao Oscar de melhor documentário: a crise de refugiados. O título é uma alusão a distância entre Grécia e Turquia. Antigamente, a função dos guardas costeiros era apenas vigiar turistas e pescadores. Hoje, no entanto, eles lutam para vencer os vários desafios de sua profissão, que exige 100% de atenção diária por conta dos inúmeros registros de pessoas tentando escapar da Síria, seja nadando ou em barcos sem a mínima condição de navegação a partir da Turquia. Dirigido por Daphne Matziaraki, documentarista que já ganhou um prêmio estudantil da Academia, os horrores descritos pelo capitão Kyriakos Papadopoulos ganham vida a partir de um trágico resgate, que mostra como pais desesperados decidem arriscar a vida de seus filhos para tentar alcançar a liberdade. NOTA: 8/10. IMDb

Extremis: O curta da Netflix conquistou diversos prêmios ao longo do ano passado – por isso considero o forte favorito da categoria. Dan Krauss levanta ótimos dilemas morais e éticos ao tratar sobre decisões íntimas feitas por famílias que tem seus entes queridos internados na UTI do Hospital Highland, em Oakland. Lá, a médica Jéssica Zitter é responsável pela orientação sobre o desligamento dos aparelhos quando não existe mais nenhuma chance de sobrevivência. É interessante notar como Krauss elabora suas tomadas em um tema tão triste. NOTA: 8/10. IMDb

Joe’s Violin (foto) – Muitas pessoas consideram Whiplash um filme com potencial para virar um clássico de nossos tempos (ainda que cult), pela forma como a música é transmitida ao espectador. Em meio a uma seleção de curtas que exploram histórias dramáticas e tristes, Joe’s Violin é o único que consegue tirar um largo sorriso do público após seus 24 minutos de duração. Dirigido por Kahane Cooperman, o curta também mostra o poder ímpar da música a partir do caso do violino de Joseph Feingold, sobrevivente do Holocausto que doa seu instrumento para Brianna, uma jovem do Bronx que tem plena consciência da importância histórica do violino. A mensagem final é de que a música constrói amizades e serve de inspiração para os momentos mais difíceis. NOTA: 7/10. IMDb

The White Helmets: Outro concorrente da Netflix. Orlando von Einsiedel, diretor de Virunga, conta a história de um grupo de voluntários que dão os primeiros socorros em Aleppo. Homens normais que arriscam suas vidas para salvar mulheres e crianças, transformam-se em heróis desconhecidos. Este curta é o que mais investe na discussão política da guerra, com entrevistas que denunciam o apoio da Rússia ao regime de Bashar al-Assad,  NOTA: 7/10. IMDb

Watani: My Homeland – O documentarista  Marcel Mettelsiefen mais uma vez trabalha em cima da Guerra Civil da Síria. Em Watani, o foco está em torno de uma família que deixa o verdadeiro inferno de Aleppo, cidade que virou o centro da batalha entre governo e ISIS, até a Alemanha. As entrevistas tratam sobre o caos que está o país. O grande clímax ocorre quando o pai desaparece e cria um enorme vazio. NOTA: 7/10. IMDb

* Agradeço imensamente ao ShortsHD pela parceria feita durante essa temporada de premiações.

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