Final de mais uma temporada de cinema!
Avalio positivamente a 89ª entrega de prêmios da Academia. O número inicial de Justin Timberlake quebrou uma tradição de monólogos iniciais da Academia. Achei surpreendente e extremamente positivo. Realmente surpreendente, e o resultado final foi sensacional!
Adoro o Kimmel. Assisto sempre seu programa, e dei boas risadas ao ver ele colocar sua ‘rivalidade’ com Matt Damon no Oscar. Seu monólogo político foi bom, mas tinha espaço para ser muito melhor, tendo em conta sua capacidade como comunicador e a visibilidade do Oscar. Ainda assim, ótimos segmentos (como a do tour).
Quanto aos resultados, surpresas, inúmeras surpresas. A começar pela péssima decisão em maquiagem. Boas surpresas também nas categorias técnicas, como edição de som.
Nas principais, Casey venceu as polêmicas do passado.
Vamos aos vencedores:
Melhor filme: Moonlight. Corria por fora. Mas o fiasco histórico feito na entrega desse prêmio será para sempre lembrado. Total falta de profissionalismo que infelizmente tirou o foco do melhor filme por conta do choque.
Melhor diretor: Damien Chazelle, La La Land. Fez história! Diretor mais jovem a vencer nesta categoria.
Melhor ator: Casey Affleck, Manchester by the Sea. Esteve a frente durante toda temporada de premiação – e só foi ameaçado por Denzel no sindicato por conta de polêmicas do passado.
Melhor atriz: Emma Stone, La La Land. Escolha óbvia, apesar de polêmica. O filme foi bem recebido por Hollywood, e as chances de Isabelle eram pequenas.
Melhor atriz coadjuvante: Viola Davis, Fences. Era a certeza do Oscar deste ano. Ainda assim, fico com a impressão de que chega a ser ridícula a comparação de Viola com qualquer outra atriz da lista, já que ela tem muito mais tempo de tela e condições para desenvolver sua personagem.
Melhor ator coadjuvante: Mahershala Ali, Moonlight – Era o franco favorito da temporada de premiação e uma das maiores certezas do Oscar deste ano. Oscar mais que merecido!
Melhor roteiro original: Manchester by the Sea. Ganhou muita força no começo deste ano, desbancando La La Land. Interessante ver a reunião de Ben e Matt Damon para entregar a premiação desta categoria, sendo que os dois têm relação direta com Manchester.
Melhor roteiro adaptado: Moonlight. Linda história.
Melhor filme estrangeiro: O Apartamento – Forushande. Linda vitória e discurso. Os produtores de Toni Erdmann podem culpar Donald Trump pela derrota.
Melhor documentário: O.J.: Made in America. Um dos melhores documentários da história. Ótimo projeto, que teve seu reconhecimento. A história de O.J. Simpson marcou uma geração e até hoje é motivo de polêmica e discórdia.
Melhor fotografia: La La Land. Linus Sandgren fez um trabalho maravilhoso. Categoria super disputada, o que valoriza ainda mais seu Oscar.
Melhor edição: Hacksaw Ridge. Desbancou o favorito La La Land. Não chega a ser surpreendente, já que alguns membros da Academia diziam abertamente que este filme poderia chegar com força em categorias técnicas.
Melhor design de produção: La La Land! Foi o primeiro prêmio da noite do Oscar para o filme. Trabalho magnífico do casal Sandy e David Wasco.
Melhor figurino: Fantastic Beasts and Where to Find Them. Grande surpresa. Aposta que derrubou todos os que apostavam em uma disputa entre La La Land e Jackie.
Melhor animação: Zootopia. A Academia abraçou a animação, especialmente por ter levantado questões maduras a partir de um roteiro leve e divertido.
Melhor maquiagem e cabelo: Suicide Squad. Péssima escolha. A lista dos três filmes já não havia sido boa (praticamente desbancou o sindicato), mas dar um prêmio para um filme deste calibre realmente coloca um ponto de interrogação no processo de seleção desta categoria, considerando que Ove e Star Trek. É uma vergonha que Suicide Squad vá fazer seu marketing com a propaganda de vencedor de Oscar. Mas a história do cinema tem vários casos iguais.
Melhores efeitos especiais: The Jungle Book. Ganhou força no sindicato e desbancou Rogue One.
Melhor trilha original:La La Land. Era lógico que o musical iria levar para casa esse prêmio.
Melhor canção original: “City of Stars,” La La Land. A música que encantou milhões de pessoas no mundo!
Melhor edição de som: Arrival – Poucas pessoas consideraram Arrival nesta categoria. Classifico como surpresa.
Melhor mixagem de som: Hacksaw Ridge – Brigou durante toda temporada com La La Land.
Melhor curta: Sing. Curta que aborda diversas questões
Melhor curta de animação: Piper. Oscar para a Pixar!
Melhor curta de documentário: The White Helmets. Escolha conservadora da Academia, que buscou focar no drama contemporâneo e no banho de sangue da Síria.