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Sete Homens e um Destino - Crítica do filme de 2016

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The Magnificent Seven (Sete Homens e um Destino) – 2016

2016 ficará marcado na história do cinema estadunidense como o ano dos remakes. Várias são as explicações para tal fenômeno. A mais convincente, na minha visão, é a tese de que os estúdios  estão optando por apostas seguras, restringindo o processo criativo da produção para a adaptação de filmes que provaram ser sucesso no passado. Apesar dos fracassos recentes de Ghostbusters e Ben Hur,  The Magnificent Seven (Sete Homens e um Destino, no Brasil) é a grande surpresa da temporada de verão dos EUA. Apesar de pequenos pecados na condução da trama, Antoine Fuqua consegue manter um bom ritmo graças a ótima seleção de seu protagonista e de uma fotografia que homenageia clássicos do gênero.

A tarefa de levar The Magnificent Seven para o cinema novamente trazia consigo um enorme peso: se o homônimo de John Sturges é um dos grandes filmes de seu gênero, a versão original de Akira Kurosawa (Os Sete Samurais) é um dos melhores filmes da história – uma verdadeira aula técnica de como conduzir um longa-metragem. Senti que essa pressão foi positiva, já que Fuqua prova para o espectador que o filme tem sua assinatura própria.

Nessa versão, uma pequena comunidade americana é ameaçada pelo milionário Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard). Durante uma missa, Bogue invade o local com seus capangas, assassina alguns habitantes e diz que voltará em três semanas para comprar os terrenos de cada um por míseros vinte dólares. Emma Cullen (Haley Bennett), que viu seu marido ser morto, decide criar uma resistência, e pede ajuda para Sam Chisolm (Washington), justiceiro de passagem no local. Com a ajuda de Faraday (Chris Pratt), Sam reúne vários pistoleiros em três dias: Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke), Jack Horne (Vincent D’Onofrio), Vasquez (Manuel Garcia-Rulfo), Billy Rocks (Byung-hun Lee) e o índio Harvest (Martin Sensmeier) aceitam a proposta, mesmo sabendo que provavelmente serão mortos.

A diversidade étnica dos personagens é um ponto relevante, que mostra que Fuqua conseguiu injetar uma novidade muito interessante na história. As atuações são boas, e cada um dos sete homens tem habilidades específicas, que são introduzidas ao espectador logo na primeira aparição na tela. A opção por Denzel foi perfeita: ele dá o tom de um protagonista forte, misterioso e com inúmeras possibilidades de ataque. O antagonista, no entanto, peca por passar todo o filme escondido – sem nenhum traço marcante de sua violência após sua apresentação. De certa forma, isso acaba prejudicando o equilíbrio do roteiro: a resistência da comunidade aos poucos ganha um tom de vingança, e o grande desfecho perde foco e sentido, ainda mais com algumas opções no mínimo controversas para dar credibilidade aos mocinhos (alias, o clichê da morte heroica dá as caras várias vezes por aqui).

Em sua quinta parceria com Fuqua, o diretor de fotografia Mauro Fiore ganha espaço para apresentar tomadas deslumbrantes. A rodagem em 35 mm no clássico formato 2.35:1 faz lembrar dos velhos westerns das décadas de 1960 e 1970, com cores vibrantes mescladas nas lindíssimas paisagens. É por isso que The Magnificent Seven, dentro de suas limitações, consolida-se como uma boa opção de entretenimento, ainda mais nesta polêmica temporada de filmes.

NOTA: 6/10

IMDb

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