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Triple 9 (Triplo 9) – 2016

Com um elenco de peso, Triple 9 (Triplo 9, no Brasil) apresenta um roteiro que busca tirar o coelho da cartola a cada dez minutos, talvez com a falsa pretensão de embaralhar o seu público e oferecer um final imprevisível. É justamente a busca por uma história acima de qualquer suspeita que torna o filme entediante.

Michael (Chiwetel Ejiofor) e seu grupo de assaltantes composto pelos policiais Marcus (Anthony Mackie) e Franco (Clifton Collins Jr), além de Gabe (Aaron Paul) e Russell (Norman Reedus) – organizam um meticuloso assalto para roubar um cofre específico situado em um grande banco a mando de Irina (Kate Winslet), líder da máfia russa. Após conseguirem o objetivo, os rapazes ficam chocados ao descobrir que Irina pede por mais um grande roubo, só que desta vez no Departamento de Segurança Interna. Para conseguir burlar a alta segurança, a única opção viável é um código 999, quando um policial é morto em atividade. Para isso, Marcus decide colocar o alvo em Chris Allen (Casey Affleck), seu novo parceiro nas ruas, No entanto, o tio de Chris (Woody Harrelson) investiga o primeiro assalto e começa a fazer ligações que podem comprometer o roubo posterior.

Triple 9 parte da retórica ‘anti-clichê’, mas que é tão mal utilizada que o filme acaba caindo em contradição diversas vezes. O roteiro base de Matt Cook é sólido, tanto é que acabou sendo referenciado na Black List de 2010 – que seleciona os melhores guiões que ainda não haviam sido alvo de produção cinematográfica. No entanto, o diretor John Hillcoat erra absurdamente ao fazer da imprevisibilidade seu pilar de apoio, deixando de lado a construção da personalidade de personagens importantes. Winslet, por exemplo, nada faz além de falar inglês com sotaque. Seus objetivos nunca ficam inteiramente claros. E isto não acontece – ao contrário do que se pode pensar – por uma tentativa de trazer um tom misterioso ao filme, mas pela falha de abrir espaço para contextos e mais diálogos.

A fotografia de Nicholas Karakatsanis ganha espaço para mostrar uma Atlanta colorida e viva. Aliás, a opção pela cidade nunca é claramente discutida – e fica claro que a seleção do Estado da Geórgia para a rodagem ocorreu apenas pela isenção de impostos. A atuação do elenco é boa, com destaque especial para Anthony Mackie. Mas Aaron Paul, Affleck e Harrelson apenas repetem atuações que cansaram de fazer em sua carreira – um homem arrependido e abatido, um homem que não vê a maldade perto de si e um homem bêbado/drogado que tem uma percepção de mundo ímpar, respectivamente.

Para uma produção que não teve qualquer dificuldade de financiamento e que teve amplo apoio doméstico de propaganda e distribuição, Triple 9 decepciona quando se leva em conta o potencial que Cook tinha em mãos. No entanto, oferece uma opção viável de entretenimento e algumas boas cenas de ação.

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NOTA: 6/10

IMDb

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