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45 Anos - Crítica

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45 Years (45 Anos) – 2015

Um filme de escala reduzida tem uma série de objetivos para cumprir. Priorizo três: 1) boa contextualização sobre a trama geral; 2) boa análise dos personagens (considerando que os mesmos devem estar em perfeita harmonia com a história); e 3) um roteiro que seja coerente o suficiente para justificar tal opção. 45 Years (45 Anos, no Brasil) conta um caso simples, que atinge diretamente apenas seus dois protagonistas, mas sua execução é tão bem feita que o público pode levantar uma série de questões a partir da rolagem dos créditos finais.

Amor, parceria e união. Cíume, medo e desconfiança. O bom roteiro adaptador pelo diretor Andrew Haigh de um conto do escritor David Constantine trata de colocar todos estes sentimentos em jogo. Geoff Mercer (Tom Courtenay) vive uma tranquila aposentadoria. Na semana em que ele irá comemorar o aniversário de 45 anos de casamento com Kate (Charlotte Rampling), uma carta trás lembranças que passam a atormentar sua esposa da mesma forma com que ocupam todo seu tempo livre. As autoridades suíças o informaram da descoberta do corpo de sua ex-noiva, Katya, que morreu após um acidente em uma geleira durante as férias do casal, em 1962. Como Mercer era o contato mais próximo da mulher, os agentes o convidam para o reconhecimento do corpo.

Tão logo a trama é estabelecida, Kate olha com incredulidade para a situação. Ela passa a remoer eventos do passado, e tenta sugar ao máximo as memórias de seu marido. Em determinado momento, a personagem interpretada por Rampling pergunta ao seu companheiro se ele teria se unido à Kate caso o acidente não tivesse tomado lugar. A resposta, apesar de envolver um anacronismo absurdo, coloca a experiência cotidiana em primeiro plano. É então que Kate passa a fazer uma análise de seu comportamento como esposa e do rumo que tomou em sua vida. Mesmo silenciosa, suas expressões faciais são reveladoras o suficiente para deixar claro o seu imenso descontentamento. O sentimento de ciume, neste caso, é um tanto contraditório, já que a experiência vivida por Mercer aconteceu antes dele conhecer sua atual esposa. Mas nem isto é o suficiente para acalmar Kate, que se considera como uma segunda opção na vida do homem.

A atuação madura de Courtenay faz de Geoff o oposto perfeito do lado sentimental de sua mulher. Charlotte Rampling carrega um peso oculto em suas costas, e é graças a ela que 45 Years consegue se manter em um nível elevado durante seus 90 minutos de duração. A fotografia de Lol Crawley aposta em paisagens abertas – que servem como pano de fundo para reflexão. Tanto Geoff quanto Kate tem suas próprias opiniões formadas sobre a carta e as consequências que elas podem tomar em uma união vista pela cidade e pelos seus familiares como exemplar. O espectador é convidado a tirar suas próprias conclusões em um final aberto que acompanha o ritmo lento proposto por Haigh.

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NOTA: 8/10

IMDb

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