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The 33 (Os 33) – 2015

Em 2010 o mundo parou para acompanhar os 69 dias de tensão por conta do incidente com 33 mineiros chilenos, na mina de Copiapó, no Deserto do Atacama. A incrível história – e o desfecho positivo – deixavam claro que as produtoras de Hollywood iriam atrás dos direitos de licenciamento da história. O leilão vencido pela Fox impôs algumas duras decisões à diretora Patricia Riggen. A principal delas – e a chave para o fracasso deste longa – diz respeito à língua. Por conta do alto investimento (25 milhões de dólares) – a Fox rejeitou completamente a ideia de um filme em espanhol, muito por conta da dificuldade de lançar este produto no mercado dos Estados Unidos (que teve seus direitos repassados para a Warner). Se já não fosse o suficiente, a tentativa de mesclar a história real com delírios gerou um produto final bizarro.

O filme coloca Antonio Banderas no papel de ‘Super’ Mario Sepúlveda, o mineiro que ganhou fama e notoriedade internacional por liderar outras trinta e duas pessoas que ficaram presas após o incidente. As iniciativas do governo do Chile para o resgate foram encabeçadas por Laurence Golborne (Rodrigo Santoro), ministro de minas do país.

Como mencionado, a questão linguística beira o absurdo: o filme é contado em inglês, com os personagens forçando um sotaque latino (totalmente desnecessário, neste caso). Até mesmo as notícias chilenas são traduzidas, e o espanhol apenas é usado por um apresentador local.

Os 33 não adiciona nada de novo na história dos mineiros. O drama é acompanhado de piadas sem graça. Em uma cena – a da ‘última ceia’ dos chilenos presos debaixo da terra – percebe-se o quanto a produção não caprichou no roteiro e optou por elementos secundários (neste caso, um delírio absurdo e ridículo).

As atuações – duramente comprometidas pela língua – não chamam a atenção. Ao contrário do que se imaginava, o filme não consegue captar o espírito de luta e superação. A trilha sonora não colabora, a edição não ajuda e a falta de efeitos especiais tornam Os 33 em uma decepção instantânea. Não existe sequer uma tentativa de analisar o fator humano – o grande trunfo deste caso- ou mesmo de explorar o caos e o sofrimento de forma séria e comprometida.

NOTA: 4/10

IMDb

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