Let’s Be Cops (Tiras, Só que Não – no Brasil) é o tipo de filme que tem como público alvo a parcela dos espectadores que buscam rir de histórias absurdas. Vez que outra as produtoras americanas percebem que é bem mais fácil apostar em comédias pastelão do que montar um longa estruturado (que provavelmente terá péssimos resultados de bilheteria). Neste caso, a isca deu certo, já que a produção arrecadou mais de nove vezes o orçamento de 17 de milhões de dólares liberados pela Fox
Ryan (Jake Johnson) e Justin (Damon Wayans, Jr.) não parecem satisfeitos com suas vidas. Com várias dificuldades – que passam desde seus relacionamentos amorosos até a dificuldade de obter dinheiro – os dois amigos decidem ir a uma festa vestidos de policiais. É então que eles passam a observar que a atitude de todos muda: as mulheres ficam mais interessadas e até mesmo a máfia passa a temer os dois.
O problema de Let’s Be Cops é que você não pode levar a sério sequer uma sequência apresentada. Existe uma tentativa de fazer os dois protagonistas se tornarem anti-heróis – para então cair nas graças do público (?) e passarem a ser os verdadeiros heróis da história. Se isto soa estranho, fica praticamente inviável acompanhar esta comédia quando nos deparamos com o que chamo de “lei da impunidade”, onde parece que os protagonistas são Deuses, fazem o que bem entendem, e as leis não são aplicadas. Isto explica algumas cenas ridículas nas quais os amigos passam por cima do aceitável para cumprir seus objetivos.
Se o roteiro é um desastre total, as atuações não podem deixar de receber uma menção honrosa digna de um show de horrores. Os atores parecem mais comprometidos a contar uma história para os amigos do que levar seus personagens a um rumo aceitável. O caráter despojado do filme não justifica esta falta de comprometimento ímpar.
O pior de tudo? Bem, o pior mesmo é saber que uma continuação pode ocorrer, já que existe planos de tornar este longa como a primeira parte de uma franquia no estilo Jump Street.
NOTA: 1/10