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Um Santo Vizinho

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St. Vincent (Um Santo Vizinho) – 2014

O estreante diretor Theodore Melfi deixou bem claro que escreveu St. Vincent (Um Santo Vizinho, no Brasil) pensando em Jack Nicholson. Os irmãos Weinstein também achavam que Jack voltaria a atuar com uma oferta interessante em sua mesa (tanto no que diz respeito ao roteiro quanto ao dinheiro). O veterano intérprete dos inesquecíveis Jack Torrance e R.P. McMurphy não aceitou o caminhão de dólares e deixou a decisão novamente nas mãos de Melfi.  Foi aí que toda a equipe de produção decidiu entrar em contato com Bill Murray – o que seria muito mais difícil do que imaginava. Se você ainda não sabe, caso queira contar com Murray em seu longa metragem é necessário discar para um número específico, restrito apenas a um pequeno círculo de Hollywood. Após Melfi passar dois meses na busca pelo bendito número de telefone (foi Fred Roos quem passou a dica) uma secretária eletrônica pedia para ele deixar sua mensagem. Por mensagem, leia-se detalhes do papel, quem produziria, quem financiaria e qual seria o salário. Poucos dias antes do final do prazo de resposta, os advogados de Murray pediram várias cópias do script – e, posteriormente, avisaram a aceitação de seu cliente.

Trago esta pequena introdução para apreciação de meus leitores por um fato muito interessante que ocorreu na carreira de Murray. Após conquistar o mundo com Ghost Busters, ele aceitou participar no drama de guerra The Razor’s Edge. Para resumir o caso, Murray não conseguiu a nomeação ao Oscar que foi prometida pelos produtores e considerou sua participação neste filme como o maior erro de sua vida, já que era claro que o público que o aclamava queria ver seu astro em papéis de comédia. Foi deste então que o ator passou a fazer um pente fino e estudar muito bem cada proposta de papel antes do aceite.

St. Vincent poderia ser um novo The Razor’s Edge, se não fosse pela classe com que Murray interpreta o personagem que dá nome ao filme. Em um primeiro olhar, Vincent é um homem relaxado, viciado em apostas, fumante compulsivo e que mantém uma estranha relação com a prostituta russa Daka (Naomi Watts). No primeiro dia de Maggie (Melissa McCarthy) na vizinhança, problemas com seu vizinho de porta: os frentistas derrubaram parte de uma árvore com o caminhão de mudança, além de quebrar a cerca da residência do homem e causar danos no seu Chrysler conversível. Mas a pequena discussão que segue dá oportunidade para presenciar o nascimento de uma bonita amizade entre Vincent e Oliver (Jaeden Liebeher), filho de Maggie que sofre com sua adaptação na escola local.

Aos poucos descobrimos o outro lado de Vincent: um homem bondoso, cheio de energia e histórias para contar. A premissa de ver Murray interpretar uma espécie de babá de uma criança pode assustar no primeiro momento, mas garanto que o trabalho feito para dar credibilidade a esta temática não faz o público pensar por um segundo que a história é sem noção. Isto ocorre pela profundidade de valores cotidianos que marcam o caráter de uma pessoa apresentados na tela: da rejeição a aceitação; da omissão de um parente a diversão com um desconhecido. Várias outras pequenas surpresas são reveladas na medida em que o pai de Oliver busca o direito da guarda compartilhada.

Por outro lado, St. Vincent não esclarece os demais problemas pessoais enfrentados pelo protagonista. Além de seus problemas de saúde, os detalhes sobre sua dívida com Zucko (Terrence Howard) não são explicados – erro gravíssimo. Não houve um cuidado com a fotografia, algo que até pode ser compreendido neste caso por conta do gênero, mas que pode pegar mal por conta de alguns ângulos desfavoráveis.

No fim do dia, uma surpreendente comédia que puxa para o drama sem apelar ao melodrama. O diretor dá sinais de que pode se tornar um nome grande no cinema americano, assim como o garoto Liebeher. Aos dois basta apenas dar tempo ao tempo. A estreia no Brasil está marcada para o dia 5 de fevereiro.

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NOTA: 7/10

IMDB

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