Dia muito movimentado!
O mundo do cinema parou para acompanhar a divulgação da lista dos nove selecionados da pré-lista do Oscar de melhor filme estrangeiro. Confira os nomeados:
Argentina, Relatos Salvajes, dir: Damián Szifrón
Estônia, Tangerines, dir: Zaza Urushadze
Geórgia, Corn Island, dir: George Ovashvili
Mauritânia, Timbuktu, dir: Abderrahmane Sissako
Holanda, Accused, dir: Paula van der Oest
Polônia, Ida Pawel Pawlikowski
Rússia, Leviathan, dir: Andrey Zvyagintsev
Suécia, Force Majeure, dir: Ruben Östlund
Venezuela, The Liberator, dir: Alberto Arvelo
Nos franco-favoritos, nenhuma surpresa. Ida permanece como minha aposta para esta categoria, seguido de perto pelo filme russo e pela comédia sueca. Por fora, correm o excelente filme argentino de Szifrón e o longa Tangerines. Duas grandes ausências: a película húngara Fehér Isten (White God) e o belga Deux jours, une nuit dos irmãos Dardenne.
Pergunta que deve vir de meus leitores: por qual motivo o Brasil ficou de fora de novo? Por mais que as propagandas insistam em dizer que está tudo bem, a indústria brasileira de cinema investe muito dinheiro em filmes de baixa qualidade, ou em cinebiografias mesquinhas e absurdas. Os poucos projetos que chegam à fase de captação de recursos e que fogem deste padrão maldito imposto pelos executivos brasileiros observam suas ideias serem estraçalhadas na busca de algo comercialmente rentável (eles adoram este termo). O resultado é um caos nas produções independentes – que nos países vizinhos, como na Argentina, passaram pela fase de amadurecimento há alguns (bons) anos atrás. Se algo não mudar logo, nossa produção cinematográfica vai continuar restrita ao mercado interno e nossas chances de Oscar vão depender da boa vontade da máquina milionária da Rede Globo.
Os membros selecionados pela Academia irão assistir aos nove longas durante os dias 9, 10 e 11 de janeiro. Os cinco indicados finais serão conhecidos no dia 15 do mesmo mês. Até lá, a tensão continua.