Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpeditor domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wordpress-seo domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/wp-includes/functions.php on line 6114
Gone Girl (Garota Exemplar) - 2014 - Movie Reviews by Dalenogare

WordPress database error: [Table 'dale2054280952.wp_p5mwz01qvq_userstats_count' doesn't exist]
SHOW FULL COLUMNS FROM `wp_p5mwz01qvq_userstats_count`

Gone Girl (Garota Exemplar) – 2014

Gone Girl (Garota Exemplar, no Brasil) não é apenas um dos melhores filmes de 2014, como também é um dos melhores thrillers estadunidenses produzidos neste novo século. Demorei algum tempo para postar esta crítica aqui no site pois quis confirmar a ótima impressão que tive deste longa lendo o livro homônimo de Gillian Flynn. E após devorá-lo em alguns noites de leitura, posso dizer com felicidade que este é o caso.

Gone Girl conta a história do casal Nick (Ben Affleck) e Amy Dunne (Rosamund Pike). Eles parecem viver um conto de fadas: bem apessoados, com uma casa linda, um bom carro na garagem e carreiras brilhantes. No dia do aniversário de cinco anos desta união, Nick volta para casa e não acha sua amada. Uma mesa quebrada e alguns pingos de sangue indicam que algo de errado aconteceu. Enquanto a polícia fica a cargo das investigações e passa a limpo toda a vida do homem, uma grande campanha para achar a moça toma conta de sua cidade. O que prende o espectador são os vários contratempos que tomam conta da história: será que Nick matou sua mulher? Caso positivo, quais seriam os motivos? Além de toda a pressão vinda dos investigadores, Nick também tem que enfrentar a dura e cruel mídia, que o condena antes mesmo das provas serem apresentadas.

Sabe aquela máxima intocável no cinema que diz que um filme nunca pode ser melhor do que o livro que inspirou o roteiro? Enquanto não busco contradizer este ponto, acho correto mencionar que toda a alma da história é passada para o filme de forma muito melhor do que a encomenda. Durante alguns capítulos do livro, Flynn se prende muito em detalhes e descreve com precisão a rotina de seus personagens. Apesar de considerar que justamente os detalhes são o ponto forte da adaptação dirigida pelo ótimo David Fincher, o trabalho para trazer as 432 páginas do livro para o longa é espetacular. Sabe qual o segredo? Algo que Hollywood não gosta muito: chamar o próprio autor para escrever o roteiro do cinema. A autora sabia com perfeição onde cortar, onde pular e onde acrescentar elementos para prender o espectador. Tanto é que ela mesmo citou que não considera o resultado como uma adaptação, mas sim como uma versão de sua criação. Geralmente os grandes estúdios buscam insiders – pessoas que conhecem o jogo – pois eles, teoricamente, têm a noção de que o público do cinema não tem a mesma paciência que um leitor e exige uma história decente, em, no máximo, três horas. Além disso, o próprio Flincher tem uma filmografia excepcional no que diz respeito a adaptações de bestselling novels (como Fight Club, Zodiac, The Curious Case of Benjamin Button e The Social Network – para citar alguns).  Realmente acho que este caso de sucesso pode interferir em alguns longas, especialmente se o filme vencer o Oscar – prevejo uma competição dura com The Imitation Game e The Theory of Everything.

O trabalho de Ben Affleck mereceria uma indicação ao Oscar (o que acho difícil tendo em vista os nomeados ao Golden Globe e ao SAG). Se não fosse Julianne Morre roubar os holofotes com Still Alice, apostaria que Rosamund Pike, até outro dia desconhecida do grande público, levaria o prêmio da Academia para casa.

Quando estava na metade da exibição do longa, com aproximadamente uma hora e dez minutos de rodagem, pensei que Gone Girl seria o filho do excelente Prisoners, de Denis Villeneuve com o nem tão excelente Fracture, de Gregory Hoblit. Justifico: ao mesmo tempo em que a história prendia o espectador da forma como o primeiro longa citado anteriormente fez, a protagonista demonstrava o mesmo ar de manipulação de Anthony Hopkins em Fracture. Me enganei por subestimar a maravilhosa obra de Flynn, que consegue se renovar a cada meia hora sem soar absurda ou apelar para clichês que são tão comuns neste tipo de filme.

Se você é um bom adepto do cinema estadunidense e de seus thrillers, com certeza vai matar a charada do longa nas primeiras cenas. O que impressiona é que o grande segredo é revelado antes mesmo de chegarmos a metade da exibição, quando nos encaminhamos então para as explicações, consequências e o desfecho final (recheado de surpresas, é claro). Recomendado!

[youtuber youtube=’https://www.youtube.com/watch?v=UTaeg-sGw9k’]

 NOTA: 9/10

IMDB