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Crítica do filme Noé

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Noah (Noé) – 2014

Sempre estudei em um colégio católico, e desde pequeno aprendi que Noé era um simpático senhor que recebeu a tarefa de construir uma imensa arca para salvar todas as espécies de animais do mundo. Se você acredita na Bíblia, este projeto demorou cerca de um século. A superprodução dirigida por Darren Aronofsky toma emprestada a premissa do mito bíblico e muda boa parte da história que conhecemos.

Em pouco tempo Noé (Russell Crowe) constrói sua Arca graças ao auxilio de anjos petrificados, os nefilim. A história também acompanha o relacionamento do protagonista com sua família e a crença de que sua mulher (Jennifer Connelly), seus três filhos e uma jovem estéril (Emma Watson) eram os últimos habitantes da terra. É com base nisto que Aronofsky adiciona um dilema moral para Noé: ele decidirá se o ser humano pode ou não continuar vivendo no mundo pós-dilúvio. Esta decisão é imprescindível para a construção do personagem de Crowe. Ao contrário do que eu imaginava, Noé é retratado como um homem pecador que está disposto a matar para conseguir obter sucesso em seu projeto. Ele é um homem que aprendeu a desconfiar de tudo e de todos e não vê espaço para erros. Frio, sem reações, calado. Tudo deve ser perfeito.

A fotografia deste longa é incrível! As cores vivas e a série de tomadas aéreas foram feitas com muito capricho e fascinam pela beleza de um mundo vazio e tranquilo. Boa parte deste sucesso passa pela figura de Matthew Libatique, que mostra uma notável progressão a cada filme. A atuação de Crowe é muito boa, mas quem chama mesmo a atenção é a bela Connelly, que dá o equilíbrio necessário ao filme: ela sabe que Noé é uma pessoa boa, mas também se mostra disposta a batalhar até o fim para que suas netas (fruto do relacionamento da estéril com um de seus filhos após a benção de Matusalém, interpretado por Anthony Hopkins) não morram em vão. Infelizmente sinto que desde que venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2002, Connelly não tem o espaço que merece em Hollywood. Talvez esta atuação, que está lhe rendendo boas críticas nos Estados Unidos, dê outro rumo a sua carreira.

Um dos grandes problemas dos filmes épicos talvez seja a falta de tensão e a consequente dificuldade para entreter o público. Quero dizer, em outras histórias sobre a Arca é comum ver boa parte do tempo destinado para abordar apenas a construção ou focar sobre como os animais chegaram nela. Enquanto isto pode agradar aqueles que gostam de filmes deste tipo, não é todo mundo que se dispõe, por exemplo, a assistir os 210 minutos de The Ten Commandments (1956) de uma só vez. Para prender o público e não cair em uma chata rotina, Aronofsky adicionou um vilão a história para criar um ambiente misterioso em torno do mito. Ele é Tubalcaim (Ray Winstone), descendente de Caim que tenta se salvar do dilúvio de qualquer maneira. Personificação da maldade do ser humano, após falhar na tentativa de matar Noé e tomar a Arca, ele consegue entrar na construção e fica escondido por lá um bom tempo. Durante as cenas finais, o inevitável confronto entre o herói e o vilão ocorre de maneira bastante superficial, se tornando no grande furo do roteiro e o ponto negativo desta produção.

Bastante diferente dos épicos tradicionais, Noé é um sucesso de bilheteria. Tenho certeza que este filme deve abrir a porta para mais produções que misturam histórias bíblicas com fantasia.

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NOTA: 7/10

IMDB

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