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The Secret Life of Walter Mitty (A Vida Secreta de Walter Mitty) – 2013

Uma das tendências do cinema atual é tentar capitalizar o máximo possível. Não me recordo de algum filme que fez tanta propaganda como vi em The Secret Life of Walter Mitty (A Vida Secreta de Walter Mitty, no Brasil). Life, Apple, Google, KFC, Sony, McDonalds, Air Greenland, American Airlines, Papa John’s. E um tempo considerável de eHarmony (com direito a um consultor).

Não tenho nada contra Ben Stiller, mas não gosto da maneira com que ele direciona suas comédias para alimentar o ego de seus personagens. A adaptação do conto de James Thurber originalmente tinha Sacha Baron Cohen no papel principal. Mas Stiller gostou tanto do roteiro de Steve Conrad que pressionou a New Line Cinema a lhe dar a direção do longa. Não vou empregar o termo “licença artística” aqui pois o Mitty de Stiller não se parece nada com o original. Em comum apenas algumas passagens plot.

Walter (Stiller) é um sonhador. Passa boa parte de seu tempo imaginando uma vida perfeita, com muita aventura e heroísmo. Até que ele passa a fazer de tudo um pouco. Editor de negativos da revista Life, ele vai atrás da melhor foto do mundo, feita pelo fotógrafo Sean O’Connell (Sean Penn). Ao mesmo tempo, tenta um relacionamento com Cheryl (Kristen Wiig), sua linda colega de trabalho.

Razzle-dazzle. É isso que posso dizer deste filme. Os ótimos cenários, a boa atuação de Kristen e a fotografia certamente tornam o longa agradável para o grande público. Em um olhar mais crítico, a história é completamente vazia e os recursos de roteiro são horríveis. O grande barato da história de Thurber é o fato de Mitty ser um cara que faz brincadeira com tudo, com todos e com qualquer situação. Mas Stiller e seu staff deram um ar dramático ao personagem. E aí os caras apresentam um Walter expert em skate. Sério mesmo? O filme poderia ter explorado mais o lado da comédia (como apresento em uma breve paródia de The curious case of Benjamin Button) do que tentar empurrar goela a baixo uma história que falha ao articular a transição da fantasia para a realidade.

Ainda assim, este filme deve ser exibido na Sessão da Tarde de 2017 e obter bons números de audiência.  Kyle Smith, crítico do New York Post, está sendo castigado por fazer um review negativo do longa. Acredito que a chave para gostar ou não do filme passa muito pela experiência da leitura de Thurber. Uma vez que você conhece a essência do personagem, não irá aceitar ver esta ser quebrada na grande tela. Isto aconteceu aqui, onde Stiller propõe (mais uma vez) um personagem larger-than-life.

NOTA: 4/10

IMDB

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