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The Light Between Oceans (A Luz Entre Oceanos) – 2016

Derek Cianfrance conseguiu aclamação mundial com seu primeiro filme, Blue Valentine. Seis anos depois, ainda respirando este sucesso, The Light Between Oceans (A Luz Entre Oceanos. no Brasil) estreia como um dos principais romances de 2016. Adaptação da novela original de M. L. Stedman, o filme oferece uma história construída em torno de uma experiência final que busca envolver seu público – trazendo o choro como uma consequência.

Após retornar da Primeira Guerra Mundial, o veterano Tom (Michael Fassbender) aceita um emprego de três anos em um farol na costa ocidental da Austrália. Os habitantes do local cultuam a postura do rapaz, que é convidado para participar de eventos na cidade. Em certa ocasião, ele conhece Isabel (Alicia Vikander), que mais tarde se torna sua esposa. Eles constroem uma relação forte e estável, com mútua confiança e muito amor. Após dois partos mal sucedidos, eles avistam um pequeno barco com um homem morto e um bebe, que o casal abraça como sua filha, Lucy. Isabel vê seus sonhos se tornarem realidade, mas Tom sente-se culpado por não procurar a família.

Após vários personagens maduros, Michael Fassbender infelizmente fica extremamente limitado pela quantidade de linhas de diálogo que realmente interessam. Quem impressiona, no entanto, é Vikander, que envolve e convence. O grande momento de transição vivido pela sua personagem – e sua consequente decadência – mostra uma atriz preparada para os mais variados tipos de desafios: ela começa como a inocente moça que se apaixona loucamente, passa por dramas pessoais, torna-se mãe e depois vê todas suas conquistas ameaçadas. Quando Rachel Weisz entra na história, a atuação de Vikander ganha ainda mais qualidade.

O ponto negativo de The Light Between Oceans está na velha exploração do realismo mágico cinematográfico. Cianfrance faz o máximo para entregar ao público uma história coesa e sem furos, mas o excesso de boa vontade para engolir situações improváveis pode ser um empecilho para o espectador mais exigente. Além disso, ocorre uma grande distorção no tempo que faz, por exemplo, com que um chocalho apresentado no trigésimo minuto de filme se torne relevante para a narrativa uma hora depois, apesar da história ter avançado cinco anos neste meio tempo.

Para quem procura um romance com boa fotografia, The Light Between Oceans deve bastar. Leve e sutil, o longa de Derek Cianfrance emociona, mas não consegue articular de forma decente o drama nos vinte minutos finais, onde o diretor claramente parece pressionado pela longa duração de seu filme – que passa da marca de 130 minutos.

* Filme visto no Festival do Rio 2016

NOTA: 7/10

IMDb

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