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Hush (Hush: A Morte Ouve) – 2016

O gênero terror luta intensamente por uma renovação estrutural. Muitos chegaram a proclamar que The Blair Witch project seria responsável direto pela criação de conteúdo independente de qualidade, mas o que se viu foi justamente o contrário, com vários diretores procurando copiar descaradamente a trama atrás dos preciosos dólares. Por conta disso, quando um filme como Hush (Hush: A Morte Ouve, no Brasil) aparece, ele merece ser aplaudido.

Maddie (Kate Siegel) é uma autora que é surda e muda desde seus treze anos. Sua vida é isolada, e de vez em quando seus vizinhos visitam Maddie em sua bela casa, no meio de uma pequena floresta. Durante a madrugada ela é perseguida por um mascarado (John Gallagher Jr.) que aparece com um faca e com um arco de caça, e luta pela sua vida.

A premissa para o sucesso conta com uma renovação completa de um pano de fundo clichê. Ao invés do tradicional conto de uma mulher isolada na mata com um psicopata atrás dela, Hush adiciona elementos válidos, que criam ainda mais tensão. A surdez da personagem, por exemplo, é original e boa o suficiente para prender a atenção do público, dado que a limitação da mulher é visto como algo novo, imprevisível.

A atuação dos dois atores é muito boa. A química é visível desde a primeira cena, e os personagens secundários que se envolvem na história conseguem carregar ainda mais o ambiente. O minimalismo ajuda o espectador a se familiarizar com o perfil da vítima e do psicopata, permitindo um laço com a história desde o primeiro minuto, já que os diálogos não se tornam necessários – e as escassas linhas podem ser facilmente analisadas pelo horror no rosto de Maddie.

Mike Flanagan afirma-se cada dia mais como uma alternativa ao gênero de terror nos Estados Unidos. Extremamente discreto, suas produções são polidas, e destacam-se pela continuidade (o grande desafio em uma época onde o público parece ter se acostumado apenas aos tradicionais sustos e gritos). A fantástica edição de som proporciona uma imersão ímpar. Em determinados momentos, o filme faz questão de lembrar da surdez pra protagonista, para então buscar apoio na boa trilha sonora para manter um bom nível de suspense.

O final de Hush peca pelo cansaço, já que é nítido que o filme se arrasta pelos seus dez minutos finais para apresentar uma conclusão plausível. Fora isso, deixa aberta a possibilidade de retorno ou mesmo de estabelecimento de uma franquia, algo cada vez mais comum, infelizmente.

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NOTA: 7/10

IMDb

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