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Spider-Man: Into the Spider-Verse (Homem-Aranha: No Aranhaverso) – 2018

2018 parecia ser o ano de Incredibles 2 no campo da animação – e os motivos eram óbvios: investimento alto, qualidade Pixar e retorno de uma franquia muito desejada. Quando a Sony anunciou Spider-Man: Into the Spider-Verse (Homem-Aranha: No Aranhaverso, no Brasil) para dezembro – em uma janela tradicionalmente ocupada por filmes do Oscar, algumas dúvidas ficaram no ar: seria possível explorar o conceito de multiverso em uma animação? Qual seria a relação de Peter Parker com tantos outros personagens? Após sair da exibição deste filme – que conta com a melhor cena pós-creditos de toda a história do Universo Marvel até hoje – deixo claro: esta animação é a melhor de 2018 e pode ser vital para estimular novos projetos neste campo, provando que o interesse do público é tão grande quanto os dos blockbusters live action.

Miles Morales (voz de Shameik Moore) é um estudante nova-iorquino. Seu pai é um polícial respeitado e muito amoroso; já seu tio, Aaron (Mahershala Ali) se afastou da família justamente por não ser tão correto. Após Miles ser picado pela aranha radioativa, sua vida muda completamente – seguindo aquele padrão natural explorado em todos reboots da franquia no cinema. Com Kingpin (Liev Schreiber) como principal antagonista e com Peter Parker (Jake Johnson) morto – um portal aberto para outras dimensões acaba trazendo cinco versões diferentes do Spider (desde um novo Peter Parker até um porquinho).

A textura da animação é única e diferente de tudo o que já foi feito até hoje. Este trabalho privilegia o contexto de cada novo personagem – com sacadas sensacionais que permitem mesclar desenho com anime, por exemplo.

O tempo de divisão de tela entre os novos personagens é manejado de forma muito agradável – obviamente com a premissa de que Miles é o grande herói. As emoções e o interesse pelo multiverso cria bons argumentos secundários – ainda que tenha faltado uma explicação mais direta sobre tópicos que ficaram em aberto e que provavelmente serão respondidos nas próximas animações da franquia – como, por exemplo, a seletividade dos novos Spiders, sem trazer sequer um novo vilão de um universo diferente.

Foi especial ver como a Sony conseguiu unir parte da história do game Spider Man – lançado para PlayStation 4 no ano passado – com o roteiro desta animação. A sensação de continuidade é ótima, e quem teve contato com o jogo provavelmente se sentirá ainda mais recompensado pela história.

A Marvel – que já domina o campo de filmes de heróis – também mostra grande percepção para explorar este novo mercado. Tudo bem que o maior mérito é da Sony, que acreditou e investiu forte neste projeto. Desde já, o público aguarda ansiosamente pelos novos capítulos no aranhaverso.

NOTA: 9/10

IMDb

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