Tendo em vista as novas tendências do mercado cinematográfico, é cada vez mais comum observar atores de ponta trabalhando em filmes B. Ethan Hawke – infelizmente – entrou nessa estatística. 24 Hours to Live (Um Dia para Viver, no Brasil) é uma produção sul-africana com financiamento chinês. A preferência por atores estadunidenses é óbvia: além de dar visibilidade ao filme nos Estados Unidos, também acaba tornando o longa mais atraente para a distribuição mundial, como foi o caso aqui.
A história é aquela de sempre: Travis Conrad (Hawke) é um assassino aposentado que volta a ativa para um último trabalho. Seus chefes da Red Mountain, empresa especializada em crimes de alto nível, querem a morte de uma testemunha que ira depor contra a companhia na África do Sul e que está sob proteção da agente da Interpol Lin Bisset (Xu Qin). Travis morre antes de encontrar seu alvo, mas é ressuscitado por 24 horas pela Red Mountain para entregar tudo o que sabe aos seus chefes.
Como era de se esperar, Travis assume o papel de anti-herói. Hawke tenta dar credibilidade ao filme, mas o roteiro não colabora em nada. Existem falhas técnicas que passam de elemento básicos de sonoridade e chegam a comprometer até mesmo a fotografia, dada a pressa dos produtores para captar as cenas o mais rápido possível.
24 Hours to Live poderia ter certo sucesso em plataformas de distribuição. Digo isso pois o planejamento seria diferente, e talvez parte do roteiro seria melhor aproveitado. Mas a pressão para usar a imagem de Hawke o máximo possível (até para justificar o investimento) – acabou criando um longa chato, que segue uma fórmula padrão de filmes de ação que já perdura por mais de três décadas e que já comprovou sinais de esgotamento.
NOTA: 2/10