The Hitman’s Bodyguard (Dupla Explosiva, no Brasil) é uma fracassada tentativa de emular o clássico Midnight Run (Fuga à Meia-Noite, 1988). O diretor Patrick Hughes assina a sentença final de seu filme ao abusar de clichês para mandar o público pra casa com um sorriso no rosto, esquecendo completamente do desenvolvimento da sua história, já que propõe um mundo aberto com uma policia abertamente corrupta que se envolve em tiroteios típicos de vídeo game.
Michael (Ryan Reynolds) é um agente de segurança que perde um emprego de elite após ter um cliente assassinado. Em meio a vários problemas pessoais e na tentativa de subir novamente em sua profissão, ele acaba com a missão de transportar Darius Kincaid (Samuel L. Jackson), notório assassino que oferece seu testemunho ao Tribunal Internacional de Justiça para confessar crimes cometidos pelo ditador da Bielorrússia Vladislav Dukhovich (Gary Oldman) em troca da liberdade de sua amada, a também criminosa Sonia (Salma Hayek). Ainda com grande poder, Vladislav dispõe de uma rede de informantes e assassinos que tentam impedir a entrada de Darius na corte.
Após o excelente The Nice Guys, realmente tinha a impressão que qualquer grande produtora que fosse apostar em filmes deste gênero com dois protagonistas famosos fosse tirar algumas lições sobre como levar ao cinema um trama que consegue unir entretenimento e ação a partir de um roteiro bem moldado. Não foi o que ocorreu aqui. Hughes deixa claro seu problema com a continuidade de sua obra desde o momento que abdica de qualquer fidelidade ao mundo real para levar os personagens de Ryan e Samuel como dois homens com o poder de invencibilidade ativado. Eles fogem de rajadas de tiros, incêndios, acidentes por água, terra e ar e ainda têm tempo para ridicularizar quem esperava por uma história um pouco mais séria.
No fim das contas, The Hitman’s Bodyguard é o típico exemplo de filme fraco que perde ainda mais credibilidade quando comparamos a ideia executada no projeto com sua inspiração (neste caso, Midnight Run). Uma pena, pois com o elenco de estrelas e com o dinheiro da Lionsgate, certamente havia espaço para mais criatividade.
NOTA: 4/10