Dias após a Disney anunciar que o universo Star Wars receberia spin-offs, alguns executivos de cinema dos Estados Unidos consideraram a atitude extremamente arriscada, especialmente por envolver uma das maiores franquias do mundo. Rogue One (Rogue One: Uma História Star Wars, no Brasil) coloca um ponto final nessa discussão ao conseguir manter o mesmo patamar do ótimo episódio VII lançado no ano passado graças à bela condução do diretor Gareth Edwards.
Assim como Luke Skywalker e Rey, Jyn Erso (Felicity Jones) tem uma trágicas lembranças de seu passado. Ela teve o extremista Saw Gerrera (Forest Whitaker) como mentor após ser separada de seu pai, Galen Erso (Mads Mikkelsen), ainda na infância por ordens do comandante Orson Krennic (Ben Mendelsohn). Erso é um brilhante cientista e assina a nova e poderosa arma do Império, chamada de Death Star. Erso descobre que seu pai enviou um holograma para Gerrera citando sobre uma falha no projeto da arma – e parte para uma missão de resgate que começa com a descoberta do paradeiro de Erso, que vive no planeta Lah’mu (diferente de tudo o que já foi apresentado em Star Wars).
Jones desempenha um papel extraordinário ao equilibrar uma personagem autoconfiante e idealista. Rogue One mostra desde o primeiro quadro que opta por sua própria identidade ao firmar uma banda sonora específica para a história, pela primeira vez sem a presença de John Williams. O grande diferencial está nas incríveis tomadas de batalhas, que toma um tempo considerável da rodagem, em proporção muito maior de qualquer um de seus predecessores. O filme abusa de espetaculares efeitos especiais para investir no planejamento e execução de algumas invasões, impactantes e relevantes dentro do contexto gerado.
O balanço final de Rogue One só aponta traz elementos positivos: novos (e interessantíssimos) personagens, lindas paisagens que sabidamente ressaltam a excelente fotografia de Greig Fraser e um fenomenal traço cômico que presta homenagem a algumas passagens clássicas de filmes interiores, especialmente com o robô K-2SO. Gareth Edwards fez um excelente trabalho ao montar um filme extremamente coerente, com introdução e conclusão sólidas e independentes, com várias surpresas para o público. Em suma, Rogue One mostra que o universo Star Wars está pronto para receber mais adições neste mesmo nível, já que os fãs – que sabem de sua importância histórica na consolidação da franquia – sempre estarão disponíveis para mais histórias deste tipo.
NOTA: 8/10
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