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Kindergarten Cop 2 (Um Tira no Jardim de Infância 2) – 2016

Em 1990, a comédia Kindergarten Cop, com Arnold Schwarzenegger, teve grande bilheteria, com ótima recepção do público e críticas muito positivas. Desde então, inúmeros rumores sobre uma franquia foram ventilados em Hollywood, e foi só depois de dezesseis anos depois do lançamento do longa original que a Universal conseguiu colocar Kindergarten Cop 2 (Um Tira no Jardim de Infância 2, no Brasil) no cinema (na verdade na tela de casa,, já que a distribuidora limitou o lançamento nos Estados Unidos direto para DVD/Blu Ray, o que já indica o tamanho do fiasco).

Estrelado por Dolph Lundgren, o filme tem a mesma trama do clássico original. O agente do FBI Zack Reed (Lundgren) se disfarça como professor do jardim de infância para conseguir recuperar um pendrive com dados secretos do governo, que estava nas mãos de um criminoso que trabalhava na escola.

Qualquer semelhança com o longa de 1990 para por aí. Toda a concepção do roteiro é diferente. Lundgren não tem nem de perto o apelo de Arnold: ambos são durões, desajeitados, mas Arnie ainda tinha um ar engraçado e era um tanto quanto despojado. Lundgren não faz nem mesmo força para ser simpático e entregar uma atuação que seja, no mínimo, agradável.

Tenho sérias dúvidas sobre a capacidade de entretenimento do filme, seja qual for o público final. Digo isso pois durante o filme vários acontecimentos bizarros demonstram a completa falha do projeto – tanto no nível estrutural quanto na própria narrativa visual: a linguagem verbal é inapropriada, a ação é excessivamente coreografada e as crianças são terrivelmente mal utilizadas. Aliás, os produtores realmente apostaram que seria engraçado e interessante colocar meninos e meninas de seis anos de idade, armados com pedaços de pau para conter criminosos com armas de fogo. Além de insensato, ridículo.

Existem cenas que também colocam em dúvida o público alvo: apesar do roteiro não ter qualquer mistério e ser de fácil compreensão (fechando com uma proposta de filme família) a primeira cena é típica de um filme de ação B de Lundgren; várias tomadas no jardim de infância (sem graça, por sinal) tentam copiar o filme original; existe a tensão em volta dos criminosos, que não são devidamente apresentados ao público; e, por fim, um romance tenta entrelaçar tudo, com direito a uma cena final de machucar qualquer cinéfilo.

No fim das contas, Kindergarten Cop 2 é vergonhoso, irresponsável e é um belo exemplo de filme que apenas foi concebido para sugar fãs da versão original. Fracasso absoluto.

NOTA: 1/10

IMDb

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