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Les anarchistes (Os Anarquistas) – 2015

Les anarchistes (Os Anarquistas, no Brasil) começa a ter sua distribuição mundial quase um ano após seu lançamento. Com pouquíssimo a oferecer ao público, o filme não convence pela fraca história dentro de um cenário carregado de tensões.

Paris, 1899. O oficial Jean Albertini (Tahar Rahim) chama a atenção de seus superiores por conta de sua frieza e inteligência e é ‘convidado’ a se infiltrar em um grupo anarquista. Para tanto, ele entra na jornada de onze horas de uma fábrica em que Biscuit (Karim Leklou) e Elisee (Swann Arlaud) trabalham. Ao colocar o alvo em ambos, ele passa a citar Mikhail Bakunin, o que logo é aplaudido. A partir daí, Jean divide-se entre um policial que serve à República e um membro de um grupo que pratica grandes roubos na capital francesa.

O ambiente da transição para o século XX – que poderia ser um grande destaque – infelizmente não impressiona. Todas as cenas são fechadas (pela falta de recursos) – e em lugares muito restritos. O roteiro não apresenta a mínima contextualização, sendo necessário um conhecimento prévio sobre a situação francesa no final do século XIX – especialmente sobre o conturbado cenário político – para entender a necessidade da polícia em intervir com espiões dentro das unidades anarquistas – algo que é mal explicado no longa, por sinal. Ou seja, mesmo com a atuação do elenco, pouco é feito para tornar o filme mais acessível para o público em geral.

Quem consegue se diferenciar é Tahar Rahim. A grande estrela do cinema francês passa segurança ao interpretar um homem misterioso e cheio de questionamentos – tanto sobre a polícia quanto aos anarquistas. Por nenhum momento as falhas do filme passam por sua atuação. Pelo contrário, fica claro que o jovem diretor Elie Wajeman não soube aproveitar um protagonista com tanta presença de tela. A fotografia de David Chizallet (que foi genial em Mustang) sofre pela falta de recursos, mas apresenta bons tons escuros que dão noção da precariedade do clube em que Albertini se infiltra.

Apesar do atraente cenário de fundo, os Anarquistas deixa muito a desejar. Os vários erros estruturais e a tentativa de anexar um romance como objeto secundário tira qualquer a possibilidade da obra se sustentar por si mesmo. As poucas discussões ideológicas e o foco nos roubos apenas comprovam tal observação.

NOTA: 5/10

IMDb

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