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A Most Violent Year (O Ano Mais Violento) – 2014

Antes de Whiplash estourar nos Estados Unidos como a sensação do ano, A Most Violent Year (O Ano Mais Violento, no Brasil) era visto como o filme independente com mais chances de disputar o Oscar de melhor filme. Apesar do esnobe da Academia ao longa do ótimo diretor J. C. Chandor, o bom roteiro e as ótimas atuações do elenco fazem deste um dos melhores filmes do gênero crime feitos no ano de 2014.

O ano de 1981 foi o mais violento da história de Nova York. Fora toda a miséria e incertezas do plano econômico para a recuperação do país empregado por Ronald Reagan, o corte de investimentos na segurança deixaram os moradores da Big Apple jogados aos criminosos. Os índices de roubos, assaltos, estupros e assassinatos daquele ano colocaram os Estados Unidos em estado de alerta. É neste perigoso contexto que o imigrante Abel Morales (Oscar Isaac) busca progredir com seu negócio de óleo de aquecimento doméstico com sua esposa, Anna (Jessica Chastain), responsável por gerir as contas da empresa. Apesar da boa condição financeira do casal, os problemas começam quando um grupo desconhecido passa a roubar os caminhões de sua empresa que faziam o escoamento do óleo. Ao mesmo tempo em que Abel busca descobrir quem está por trás deste esquema de interceptação, o promotor Lawrence (David Oyelowo) acusa Abel de desviar milhares de dólares e sonegar impostos.

Após a decepção de The Two Faces of January, Oscar Isaac volta a atuar em sua melhor forma e entrega uma interpretação de primeiro nível. Seus olhares tensos são a chave para desvendar um homem preocupado com o destino de seu império pessoal – e com medo de ver tudo ir por água abaixo. A excelente Jessica Chastain dá conta do recado e segura a barra como uma esposa preocupada em manter a segurança de seus filhos (e também se deu patrimônio). Infelizmente a escala reduzida de A Most Violent Year deve ter sido responsável pela ausência do longa nas premiações. Apesar da boa contextualização e construção dos personagens, não existe sequer uma tentativa de tentar explorar o submundo da corrupção e da podridão política, fiscal e judicial dos Estados Unidos – algo mais próximo do que o diretor fez em Margin Call, por exemplo.

A Most Violent Year não é ruim, mas por toda a expectativa em torno desta produção é compreensível a ponta de decepção após os créditos rolarem.

NOTA: 7/10

IMDB

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