Mais um mês, mais um diretor homenageado aqui no site. Antes de introduzir o filme de hoje, gostaria de agradecer pelas visitas no especial destinado ao francês Jean-Luc Godard. Assumi o compromisso com duas leitoras de postar a crítica de Le mépris (1963) e Week End (1967) o mais rápido possível (tentarei encaixar ao menos um destes na agenda deste mês). Adiante.
Dias atrás participei de uma boa discussão com dois colegas críticos. Como fazer uma análise de um curta-metragem? Mais: será que é possível compreender a mensagem de uma fita de cerca de 10 minutos? Defendo que o papel do crítico é tentar entender a concepção de cinema através da história apresentada por um diretor. Com isto, é fundamental contextualizar sua obra e estudar suas tendências. No caso do diretor homenageado aqui no site neste mês de setembro, Jan Svankmajer,
A discussão é a pauta principal de Moznosti dialogu. Seu charme, sua capacidade de convencer e a tendência de destruir. Antes que o leitor pergunte, este não foi o primeiro curta de Jan, que começou a trabalhar no cinema ainda na década de 1960, mas certamente o seu mais importante. Como vamos ver durante este mês, a técnica utilizada pelo diretor chama Stop motion – e requer uma boa parcela de cuidado e planejamento prévio, já que normalmente a equipe de produção não consegue cumprir o cronograma (muito por conta da busca por um resultado perfeito, o que se tornou mais fácil na última década).
O filme tem uma ponta de humor negro ao mostrar, sem nenhuma palavra, a incapacidade de se comunicar. Com uma proposta pessimista, o curta é dividido em três pequenas tomadas. Para os leitores que vão acompanhar as críticas ao longo deste mês, fica a recomendação para buscar o vídeo completo na web.
NOTA: 7/10
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