Seis pessoas estão presas dentro de um cubo. Elas não sabem como chegaram lá. A única certeza é que lá dentro existem várias armadilhas que podem gerar as mais doloridas e bizarras formas de morte possível. O grande problema de Cube (Cubo, no Brasil) é a total falta de uma storyline. Após os dez minutos iniciais, quando o espectador se dá conta do tamanho do problema que estas pessoas estão envolvidas, infelizmente não existe nenhum tipo de ferramenta para conseguir manter a sensação de tensão.
Muito disto passa pelo fraco conjunto de atores. Até entendo que isto se deve pelo fato da escassez de recursos, mas é praticamente impossível não dar risadas as interpretações forçadas, que buscam drama onde não existe. Por ser filmado basicamente em um cenário, as várias histórias secundárias (que envolvem desde um policial insano até um gênio altista) são produzidas com o único intuito de prolongar um desastre inevitável, já que nem mesmo uma leve sensação de progresso Cube apresenta (a conclusão de que este filme é cíclico pode ser comprovada, literalmente, na última cena).
Várias perguntas, nenhuma resposta. O terror barato ganhou o símbolo de cult pelo sua fácil compreensão e pelas tomadas polêmicas do diretor Vincenzo Natali. Como se não bastasse todos os problemas com a construção deste filme de baixo orçamento, a cena final é de chorar. Um dos protagonistas – que é deixado para trás na metade final do filme – surpreendentemente retorna a última cena e tira qualquer possibilidade de levar esta história a sério.
NOTA: 2/10