O trailer de Edge of Tomorrow (No Limite do Amanhã, no Brasil) passa ao espectador a ideia de uma união entre Groundhog Day e Starship Troopers. Quando entrei na sessão de pré-estreia deste longa, esperava assistir a mais uma história onde o personagem de Tom Cruise salva o mundo no último minuto. No fim do dia, eu não estava de todo errado, mas a boa construção do roteiro aliado a ótimos efeitos gráficos garante uma boa dose de diversão ao público.
Em um futuro próximo onde os humanos brigam com criaturas extra-terrestres pelo controle do planeta terra, o major Cage (Tom Cruise) é punido e vira um soldado comum após brigar com seu superior. Ele é mandado para a frente de batalha na França, naquele que seria o Dia D de uma guerra que tomou conta de boa parte da Europa. Só que para sua surpresa, cada vez que ele morre no conflito descobre que seu dia começa do zero. A solução do enigma passa pelas mãos de Rita (Emily Blunt), guerreira que ganhou destaque pelos seus atos de bravura.
O ponto positivo de Edge of Tomorrow é saber tornar um plot que teria totais condições de ser enjoativo, cansativo e repetitivo em algo bastante interessante. Depois de cada morte de Cage, suas ações são baseadas no detalhe. Sempre você vai encontrar algo diferente do que foi apresentado antes, naquele que talvez é o elemento que mais lembre de Groundhog Day. A animação foi muito bem feita. O grande destaque do filme é Emily Blunt, que consegue dar credibilidade a seu personagem sem apelar para sua beleza: ela é necessária para sua promoção, mas não é o essencial, já que suas habilidades ficam muito claras ao longo da trama. A direção do bom Doug Liman é limpa e não deixa a desejar.
A noção da reconstrução do tempo passado tem lá seus furos. Não vou entrar em detalhes, mas talvez o que mais irrite é que toda noção de um “amanhã sem fim” é facilmente quebrada por um elemento que destrói um inimigo poderoso e o torna apenas mais uma presa do grande Tom Cruise. A cena final envia o espectador pra casa e deixa a pergunta: será que os produtores vão fazer uma continuação? Apesar das respostas apresentadas nos minutos finais -discutíveis, mas satisfatórias pelo contexto geral – é difícil imaginar que a tal invasão alienígena fosse limitada a um grande cérebro na terra. Será mesmo que a estratégia deles era tão vulnerável?
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NOTA: 7/10
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