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The Best of Enemies - Crítica do filme

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The Best of Enemies – 2019

O racismo é um tema complexo, e o cinema é utilizado constantemente como instrumento para mediação de bons debates – seja com documentários ou com longas que tentam resgatar histórias de um passado de preconceitos para estimular a reflexão nos tempos atuais.  É uma pena que The Best of Enemies deixa de lado a linda história real que tem em mãos para promover -inexplicavelmente – uma narrativa que gira em torno de um membro da KKK, colocando de lado a pauta de direitos civis.

Carolina do Norte, 1971. C.P. Ellis (Sam Rockwell) é cultuado na KKK por promover abertamente a visão de que os negros são inferiores e que não deveriam se misturar com brancos. Após o incêndio de uma escola pública frequentada por negros, a cidade de Durham convoca um conselho para discutir a integração racial no ensino básico – o que coloca Ellis diante da ativista Ann Atwater (Taraji P. Henson), que demonstra total repulsa ao comportamento do homem.

Robin Bissell estreia na direção e também assina a adaptação do livro base para o filme. Obviamente ele tem a maior parcela de culpa – mas realmente me pergunto como os produtores deram o sinal verde para um roteiro com nítidos problemas de execução. O grande interesse do filme, teoricamente, seria analisar o contexto de racismo na região para então discutir o impacto da segregação e as diferentes perspectivas dos dois personagens.

Mas o filme toma a decisão de mostrar como um homem branco com um passado de preconceito acaba virando uma pessoa “do bem” ao rejeitar a própria KKK e abraçar a integração racial nas escolas. Por mais estranho que isso possa soar, é uma pena ver uma talentosa atriz como Taraji Henson completamente escanteada no longa. Sua personagem não tem história de fundo, não tem motivações. Sequer uma introdução ao contexto de lutas e avanços. O potencial da história é desprezado completamente na medida em que Sam Rockwell domina a tela: aos poucos, The Best of Enemies vira um filme sobre uma “vítima” da KKK que durante anos liderou a própria organização.

Apesar da boa direção de arte, o filme tem uma trilha sonora que apela ao máximo para o sentimentalismo barato, oferecendo ao espectador um melodrama que nunca promove uma linha de diálogo séria sobre intolerância. A impressão final é de que The Best of Enemies tenta surfar no sucesso recente de Green Book e Blackkklansman, mas falha miseravelmente por distorcer a história real e focar em um ângulo que não convence. O típico Oscar bait – produção que busca de todas as formas o reconhecimento no Oscar, evidenciado pela péssima montagem que tenta evidenciar expressões faciais de Taraji Henson sempre que possível para amenizar a falta de diálogos importantes da atriz.

NOTA: 5/10

IMDb

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