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O Favorito - Crítica do filme The Front Runner, com Hugh Jackman

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The Front Runner (O Favorito) – 2018

A eleição presidencial de 1988 nos Estados Unidos aos poucos mostrava-se como a grande chance do Partido Democrata voltar ao poder após oito anos de governo Reagan. O candidato escolhido teria que enfrentar o então vice-presidente republicano, George Bush, e teria que realizar uma campanha impecável para confrontar a retórica de que Reagan e Bush quebraram a União Soviética, seja do ponto de vista econômico, militar ou político. O Senador Gary Hart aparecia com ampla vantagem nas pesquisas de intenção de votos realizadas em 1987 e construía uma forte rede de apoios que contava com boa parte do establishment do Partido Democrata em uma plataforma moderada. The Front Runner (O Favorito, no Brasil) propõe contar como a campanha de Hart foi destruída após a acusação de que o político vivia um affair com Donna Rice após denúncia do jornal Miami Herald.

Com direção de Jason Reitman, a linha cronológica estabelecida no filme menciona brevemente 1984, quando Hart (Hugh Jackman) tentou a candidatura no Partido Democrata, mas perdeu a nomeação para Walter Mondale. É feita uma ligação direta que nos leva até os dias iniciais de 1987, quando a campanha de Hart se movimentava fortemente para ganhar força e impedir outras candidaturas nas primárias de 1988. Após ser flagrado com Rice (Sara Paxton) e estar envolvido em um circo midiático que envolve sua mulher, Lee (Vera Farmiga), Hart reúne a campanha comandada por Bill (J.K. Simmons) para tentar amenizar o caso e não abalar suas chances.

É fato que o filme sofre com uma total falta de eixo temporal que permita ao público identificar o que de fato ocorreu em 1984 – tanto nas primárias quanto na eleição – e qual era o ambiente de 1988. Menções indiretas aos nomes de Mondale e Reagan são a solução encontrada para a entrada na complexa esfera política dos Estados Unidos.

Ainda que explore a questão dos tabloides e da ética da imprensa, o filme não leva tal proposta para um nível aceitável. Com um olhar anacrônico, propõe-se que Gary Hart foi apenas a primeira vítima dos ataques que posteriormente atingiriam Bill Clinton e Donald Trump ao notar que a partir de 1988 a imprensa começou a se interessar pelas relações extra conjugais, algo que nunca tinha ocorrido com John Kennedy e Lyndon Johnson, por exemplo. Creio que tal análise deveria englobar necessariamente o papel da imprensa após o Caso Watergate, mas Reitman – até por tratar de um caso de uma pessoa que ainda vive – prefere manter a linha da injustiça cometida com Hart viva até o minuto final, justificada em um diálogo no qual Hart diz que a perseguição da imprensa é motivo para grandes homens não disputarem a presidência.

A atuação de Jackman é fechada em torno de uma personalidade difícil. Ainda que o excesso de maquiagem retire qualquer traço da semelhança física entre os dois, seu comprometimento com o filme merece um destaque positivo. É uma pena que o escândalo retratado no filme termine com algumas linhas escritas antes dos créditos e que deixe de lado vários temas correlatos, como a do próprio Hart tentar seguir com sua campanha posteriormente. Com o pior trabalho de montagem que vi neste ano em uma grande produção – inclusive com uma cena literalmente cortada durante um diálogo – a pressão dos produtores para entregar um longa com menos de duas horas pagou seu preço aqui.

Os problemas que acabam tornando The Front Runner problemático para sua distribuição internacional também devem ser desagradáveis aos estadunidenses que não viveram ou que não se lembram deste caso. A falta de contextualização abala o filme, que sequer explica o desfecho das primárias de 1988 e menciona apenas uma vez o nome de Michael Dukakis, por exemplo, é frustrante. Tinha esperanças que The Front Runner seria o longa político do ano, mas é uma decepção completa para todos political junkies.

NOTA: 5/10

IMDb

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O Favorito
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