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Mandy - Crítica do filme com Nicolas Cage

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Mandy – 2018

Mandy é a grande surpresa da temporada. Ao propor uma história de vingança sem fixar paralelos ou buscar inspiração nos vários filmes que ditam este subgênero desde a década de 1970, a originalidade do diretor Panos Cosmatos chama a atenção e merece muito respeito. Diria, no entanto, que Mandy poderia ser classificado como um filme que une a estética de Dario Argento com os dispositivos narrativos acionados por Brian De Palma em sua fase pré-Scarface. Cosmatos é inteligente ao buscar distanciamento e criar um próprio estilo de condução que já dá indícios de uma forte evolução quando comparado ao seu primeiro projeto, Beyond the Black Rainbow (2010).

1983. Red (Nicolas Cage) vive apaixonadamente em Shadow Mountains com Mandy (Andrea Riseborough). A moça vira alvo de um grupo satânico liderado por Jeremiah (Linus Roache). Existe uma clara divisão na história: a primeira parte do filme destaca o cotidiano do casal – com interesse em Mandy; após a apresentação dos antagonistas e a instalação do problema proposto para análise, Cage toma conta do restante do longa.

Um fator relevante para unir as duas fases de Mandy está na extraordinária trilha sonora do grande Jóhann Jóhannson. Algumas sequências sonoras são tão vivas e marcantes que é difícil não pensar na triste morte do compositor islandês, que tinha potencial e criatividade para ser um dos grandes nomes de sua geração. O grão – emulado, mas interessante – é uma peculiar marca de Cosmatos que dá ao filme um visual único quando comparado às produções deste século. Diálogos lentos, humor seco e progressão contida são outras características aplicadas no roteiro que também são pouco usuais no mercado – o que explica a longa salva de palmas em Cannes. Com um orçamento visivelmente apertado, Cosmatos não tem medo de mascarar a falta de uso de efeitos especiais. O sangue, neste caso, é seu principal aliado, criando uma experiência psicodélica que é perfeitamente harmonizada. Diria que é uma homenagem ao Grindhouse clássico que não apela e que busca seu próprio espaço pela sua qualidade.

Nicolas Cage não está em uma fase boa em sua carreira, mas em Mandy entrega uma atuação de alto nível. É uma pena que ele continue com a prática de ceder seu nome para produções B de qualidade questionável. Isso, infelizmente, torna sua presença neste filme como um fato isolado dentro de sua filmografia recente (já tive acesso aos seus dois filmes posteriores – Looking Glass e 211 – e ambos são péssimos).  Em suma, Mandy oferece uma reflexão geral ao cinéfilo sobre construção de roteiro, desenvolvimento de personagens, uso de efeitos visuais na composição autoral e permite outras tantas considerações no plano geral do terror. É uma produção que desafia o público ao não oferecer o básico – mas sim o complexo e bizarro para apreciação.

NOTA: 7/10
IMDb

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Mandy
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