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Billionaire Boys Club - Crítica do filme

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Billionaire Boys Club – 2018

Billionaire Boys Club mostra como um filme pode ser destruído completamente por conta das polêmicas da vida pessoal de sua grande estrela. Estamos falando, neste caso, de Kevin Spacey. Os produtores tentaram desvincular a imagem do ator, que vive um inferno astral após as várias denúncias de abuso sexual, de todas as formas possíveis. Removeram seu nome e sua imagem do poster, diminuíram seu tempo de tela e fizeram questão de nem mencionar o ator durante as entrevistas para promoção do filme. Mas o problema é que Spacey ainda está no longa, vive um personagem importante, e a produtora não contava com os mesmos recursos de All the Money in the World para remover por completo os rastros de Spacey. Estamos falando de um filme de orçamento limitado, o que torna alto o prejuízo para o filme dirigido por James Cox, que terá de se contentar com o lançamento em home video e com um provável boicote dos serviços de streaming.

O interessante é que Cox via em Spacey um ator perfeito para o papel proposto, que seria justamente de mediar os conflitos entre os jovens protagonistas. A história é baseada em um caso real que virou pauta para vários documentários.  Joe Hunt (Ansel Elgort) e Dean Karney (Taron Egerton) vivem em Los Angeles e lutam para conseguir ganhar alguns trocados. Os dois foram colegas e partilham do mesmo sonho de se tornarem ricos. Para tanto, começam a promover um clube de investimento de ouro que oferece 50% de lucros de maneira fácil, configurando o velho e tradicional esquema Ponzi. Aos poucos os dois amigos conseguem um hall de vítimas que despejam suas economias nos cofres do Billionaire Boys Club e mudam totalmente de estilo de vida, com mulheres bonitas, carros e com tudo o que Beverly Hills pode oferecer de melhor. Parte do dinheiro investido é de Ron Levin (Kevin Spacey), vigarista que cria uma relação com o grupo.

Enquanto foca na história real, o filme conta com boas passagens e cenas, apesar da notável falta de investimento para recriar os anos 80 – o que explica o alto número de tomadas fechadas. Cox, no entanto, também quis voltar sua atenção para romances e dramas pessoais que correm por fora e são utilizados para dar gás ao roteiro – mas o elenco de apoio e a edição (que provavelmente cortou Spacey até o limite) comprometeram essa empreitada.

Billionaire Boys Club foi o penúltimo lançamento que contava com Spacey nessa fase polêmica de sua vida. Vidal, dirigido por Michael Hoffman, teria lançamento agendado para o inicio do segundo semestre, mas é uma incógnita para Hollywood, já que Gore Vidal sempre foi extremamente popular no meio liberal – justamente a ala que mais pressiona pelo boicote ao ator nos Estados Unidos.

NOTA: 6/10

IMDb

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