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The Killing of a Sacred Deer (O Sacrifício do Cervo Sagrado) - Crítica

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The Killing of a Sacred Deer (O Sacrifício do Cervo Sagrado) – 2017

Yorgos Lanthimos viu The Lobster, seu primeiro filme fora da Grécia, ser indicado ao Oscar de melhor roteiro original e experimentar relativo sucesso no mercado internacional, ainda que as datas de distribuição do filme tenham sido esticadas (estreou em Cannes 2015, lançado no Reino Unido em outrubro/15 e nos EUA apenas em maio/16). Era de se esperar, portanto, que sua nova produção conseguisse despertar o mesmo interesse. Lanthimos sempre optou em sua carreira pelos caminhos mais difíceis e justamente sua proposta narrativa pouco usual que lhe abriu as portas do complicado cinema de sua terra natal. The Killing of a Sacred Deer (O Sacrifício do Cervo Sagrado, no Brasil) mantém o mesmo ritmo de The Lobster e sua montagem e proposta é tão interessante que afirmo que estamos diante do melhor filme de Lanthimos até aqui.

Mantendo o tom sarcástico que busca os absurdos do cotidiano burguês, com elementos de roteiro que lembram muito Luís Buñuel, acompanhamos a relação entre o cirurgião Steven (Collin Farrell), com Martin (Barry Keoghan), adolescente problemático que não conseguiu superar a morte de seu pai. Steven atua como um tutor, mas tenta trazer a felicidade em Martin através de presentes, demonstrando um claro sentimento de culpa. Com uma família perfeita, em uma casa perfeita que dispõe de todo luxo possível, tuod começa a mudar quando Steven decide convidar Martin para conhecer sua mulher, Anna (Nicole Kidman), e seus filhos (Raffey Cassidy e Sunny Suljic). A partir deste ponto existe uma transição narrativa que deixa de lado o racional para adicionar elementos externos.

Uma análise interpretativa de The Killing of a Sacred Deer acaba se tornando uma tarefa interessante. É muito provável que o espectador desenvolva ao longo da exibição diversas teorias para explicar tópicos abertos da história que não teriam uma resposta lógica aceitável. É aqui que Lanthimos demonstra toda sua capacidade de conduzir um filme como poucos: mantendo um nível de tensão e imprevisibilidade, o diretor e roteirista (créditos também para seu parceiro de longa data, Efthymis Filippou) conseguiu trazer ao cinema uma excelente adaptação contemporânea de Ifigénia em Áulide, de Euripides, que explica o estranho título do filme.

Mais uma vez a atuação de Farrell merece menção de destaque. Até determinado momento da trama, poderíamos muito bem analisar o filme a partir do narcisismo do cirurgião, que acredita estar um passo acima dos demais. Quando a personagem de Kidman passa a ganhar mais tempo de tela, a química do casal é natural. O suspense é carregado também por uma trilha sonora marcante, de tons fortes, essenciais para imersão no estranho mundo criado pelo diretor.

Premiado em Cannes com o prêmio de melhor roteiro, desta vez os produtores conseguiram posicionar o filme na mesma janela de lançamento no Reino Unido e nos EUA, na expectativa de nomeações para premiações relevantes, que infelizmente não ocorreram. Mesmo assim a marca de Lanthimos dentro do cinema europeu já está consolidada. A prova disso é que seu novo filme, The Favourite, estrelado por Emma Stone, Olivia Colman e Rachel Weisz já teve seus direitos comprados pela Fox Searchlights e tem previsão de estreia ainda em 2018.

NOTA: 8/10

IMDb

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