A academia acaba de anunciar a lista dos nove filmes que seguem na disputa do Oscar de melhor filme estrangeiro.
Chile, “A Fantastic Woman,” Sebastián Lelio, diretor;
Alemanha, “In the Fade,” Fatih Akin, diretor;
Hungria, “On Body and Soul,” Ildikó Enyedi, diretor;
Israel, “Foxtrot,” Samuel Maoz, diretor;
Líbano, “The Insult,” Ziad Doueiri, diretor;
Rússia, “Loveless,” Andrey Zvyagintsev, director;
Senegal, “Félicité,” Alain Gomis, diretor;
África do Sul, “The Wound,” John Trengove, diretor;
A lista foi a mais previsível dos últimos cinco anos. Os favoritos (Alemanha, Chile, Israel, Rússia e Suécia) avançaram. Não houve, portanto, nenhuma surpresa. A complementação da lista segue um padrão interessante. Mais uma vez a Academia abre espaço para o forte cinema húngaro, que ganha prestígio desde o começo do século. O selecionado do Líbano aparecia como tendência por conta de sua ótima estreia em Nova York e em Los Angeles. Os nomeados de Senegal e África do Sul seriam, ao meu ver, seleções do comitê para equilíbrio da lista (foram justamente os dois longas que ainda não tive acesso).
E o Brasil? Bem, nosso comitê de seleção é amador. Bingo pode ser um filme ótimo para o mercado nacional, mas jamais deveria ser apontado para representar o país em uma disputa deste nível. Enquanto a banca de seleção não entender a metodologia de escolha da pré lista, vamos passar anos e anos longe do sonhado Oscar.