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Kingsman: O Círculo Dourado - Crítica do filme

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Kingsman: The Golden Circle (Kingsman: O Círculo Dourado) – 2017

Kingsman: The Golden Circle (Kingsman: O Círculo Dourado, no Brasil) não chega aos pés de seu antecessor. Dito isso, acredito que os fãs do primeiro filme tem pela frente uma decisão: assistir a esta produção e ficar de queixo caído com as tolices apresentadas aqui ou preservar a memória do primeiro filme da série. Reconheço que Kingsman: The Secret Service foi um sucesso tremendo de bilheteria e que seria normal e lógico retornar para uma sequência. Só que não contava com o festival de clichês, as cenas porcamente editadas, a falta de vibração e o festival de atores premiados com o Oscar que fazem pontas completamente insossas.

Eggsy (Taron Egerton) e Merlin (Mark Strong) sobrevivem a uma série de ataques que destroem completamente a Kingsman.  Os dois descobrem que um grupo chamado The Golden Circle, liderado por Poppy Adams (Moore), estava por trás dos ataques ao mesmo tempo em que colocam em prática um plano diabólico para garantir a liberação da venda de drogas nos Estados Unidos. A coleção de coadjuvantes é grande. Champ (Jeff Bridges) coordena a Statesman, agência de inteligência secreta dos EUA que camufla suas operações em uma destilaria de whisky em Kentucky e auxilia os agentes Kingsman. Tequila (Channing Tatum), Ginger (Halle Berry) e Jack Daniels (Pedro Pascal) unem-se para ajudar Eggsy.

A primeira cena – com dez minutos de puro CGI – mostra que o diretor Matthew Vaughn tinha como objetivo fazer um filme maior e com mais ação. Cenas que tentam resgatar o espírito dos filmes de James Bond das décadas de 1970 e 1980 são emuladas sem sucesso, e é bizarro o número de tentativas nas quais busca-se fazer humor com a cultura pop (aliás, a forma como a figura de Elton John é explorada é apenas um mero detalhe).

A coleção de erros de continuidade é agravada pelos enormes buracos de roteiro, que começam com a destruição da Kingsman – que não tem nenhuma repercussão direta no cotidiano de Eggsy. Algumas histórias de fundo, que tratam desde o relacionamento do protagonista com sua namorada até uma breve discussão sobre a situação política americana e a guerra às drogas, não tem o refinamento devido. Chama a atenção, neste ponto, que nem mesmo as longa duração deste filme é suficiente para resolver os problemas. Isso se dá justamente pelo excesso de atores de ponta que buscam mais e mais espaço de tela. Moore é uma vilã apagada; Bridges está no pior papel de sua carreira; Tatum provavelmente teve de abandonar as filmagens para outro projeto e teve uma participação mínima; Berry não consegue mais atuar no mesmo nível de antes. E o pior de tudo é a decisão de trazer de volta o personagem de Colin Firth – que mesmo em uma atuação elegante fica de mãos atadas por conta da problemática justificativa para seu retorno.

Kingsman: The Golden Circle é um filme descartável. Irrelevante e fraco, não consegue desenvolver um grande clímax narrativo e não justifica seu orçamento.

NOTA:4/10

IMDb

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