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A Ghost Story - Crítica do filme

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A Ghost Story – 2017

A Ghost Story é um filme extremamente peculiar. Após David Lowery finalizar Pete’s Dragon para a Disney (com orçamento de 65 milhões), ele reuniu Casey Affleck e Rooney Mara – protagonistas de seu primeiro filme, Ain’t Them Bodies Saints (2013), para um projeto curto de 100 mil dólares. Com apenas 90 minutos de duração, o ritmo lento e o choque estético mostram desde o início a proposta de uma trama não convencional. Por conta disso, creio que este é exatamente o tipo de filme que o espectador deveria assistir sem nenhum tipo de influência de críticos, amigos e até de impressões deixadas por trailers.

Affleck e Mara formam um jovem casal. Indecisos sobre o futuro, eles não sabem se devem continuar ou não na casa em que moram. Mas antes de dar uma solução ao problema, o personagem de Affleck morre em um acidente automobilístico. A partir deste momento, Lowery teve uma sacada sensacional: caracterizar o espírito do personagem a partir da definição clássica de um fantasma, com um lençol e dois furos no rosto largos o suficiente para representar seus olhos. A metade inicial de A Ghost Story trata sobre amor e luto, com o fantasma estático observando sua esposa reagir e tentar tocar sua vida. Mais tarde, o fantasma passa por outras experiências na casa, alternando sua melancolia com o melhor estilo poltergeist ao interferir diretamente na vida humana.

Com pouquíssimas linhas de diálogo (a maior frase sem interrupção é de um coadjuvante, por exemplo) – os detalhes são essenciais para interpretar e sentir esta produção. Tanto é que o roteiro final de David Lowery, de quarenta páginas, tinha como grande diferencial a estruturação de cada cena, com foco para o tempo de cada tomada e ângulos específicos. A Ghost Story foi rodado no aspecto 4:3, que favoreceu a predominância do fantasma nas cenas, deixando este como elemento central do filme a partir de cenas que captam o traço perturbador de sua existência, grande objetivo do diretor.

A trilha sonora de Daniel Hart é emocionante, já que consegue expor através de tons tristes os gritos que o fantasma não consegue dar. Não tenho dúvidas de que estamos falando de um longa que estará nas listas de grandes filmes de 2017. Também recomendo fortemente a leitura da entrevista com o diretor de fotografia Andrew Palermo para compreensão das boas técnicas utilizadas com um orçamento tão apertado. A Ghost Story é o tipo de filme que pode sugar a atenção do espectador, propondo as mais diversas teorias para explicação da trama, da mesma forma que pode desagradar a fatia impaciente da audiência que busca uma narrativa em três atos clássica. Apesar de não ser um filme de terror, é justamente a partir da reflexão da vida e da morte que os traços finais deste longa ganham contorno e se desprendem do drama tradicional.

Excepcional!

NOTA: 8/10

IMDb

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