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Du forsvinder / You Disappear - Crítica do filme

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Du forsvinder / You Disappear – 2017

Nunca escondi minha profunda admiração pelo cinema nórdico. Ainda que a barreira da língua seja um problema, assisto o maior número possível de filmes distribuídos internacionalmente. Dito isso, considero Du forsvinder (You Disappear, no mercado mundial) não apenas como o mais fraco filme dinamarquês concorrente ao Oscar, mas também como um dos piores filmes da região (internacionalizados, é claro).

Após um acidente, Frederik (Nikolaj Lie Kaas) é diagnosticado com um tumor no cérebro. Após a cirurgia para retirada deste, Frederik passa por uma drástica mudança de personalidade, o que afeta sua relação com sua esposa, Mia (Trine Dyrholm), e com seu filho, Niklas (Sofus Rønnov). Os problemas pioram para a família quando uma investigação descobre que Frederik desviou milhões de coroas dinamarquesas da escola onde trabalhava. O caso é levado para julgamento, e seu advogado, Bernard Berman (Michael Nyqvist), tenta provar que seu comportamento compulsivo para torrar o dinheiro tinha total relação com o tumor.

O filme tem eixos narrativos com deficiências crônicas. Durante três ocasiões distintas ocorre uma virada na história, que alterna o foco entre Frederik, Mia e Bernard. Seria interessante se não fosse a desesperada tentativa do diretor Peter Schønau Fog de priorizar flashbacks para criar uma falsa impressão de continuidade, que vira uma ‘surpresa’ no desfecho final. Sei que o filme é adaptado de uma novela de Christian Jungersen, mas ainda não tive acesso ao texto original (está na minha fila de leitura). Por conta disso, deixo para outra ocasião uma análise mais profunda da trama.

O que não se pode negar é que a atuação dos protagonistas sofre com os vários momentos de transição propostos. Considero que o personagem de Michael Nyqvist conseguiu manter uma certa coerência, mas Kaas e Rønnov têm imensa dificuldade de expressar satisfatoriamente as complexidades das situações enfrentadas.

Tenho quase certeza que a Dinamarca, um dos países mais prestigiados pela Academia, estará fora da disputa neste ano. Confesso minha surpresa com a seleção deste longa pela comissão, uma vez que Underverden, de Fenar Ahmad, é um filme mais completo em todos sentidos. Infelizmente, neste caso, a comissão de seleção preferiu optar por um drama tradicional do que mostrar um filme de ação bem diferente do padrão hollywoodiano.

NOTA: 4/10

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