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Vida, Animada - Crítica do documentário indicado ao Oscar

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Life, Animated (Vida, Animada) – 2016

A Academia adora histórias que mostram como os filmes podem mudar a vida das pessoas. Life, Animated (Vida, Animada – no Brasil) é um documentário que busca seguir o sucesso do livro homônio de Ron Suskind, que conta como as animações da Disney tiveram papel fundamental para seu filho, Owen – portador de autismo – conseguir se comunicar com o mundo.

O grande diferencial do diretor Roger Ross Williams está na excelente montagem: Walter atualmente dá palestras e fala em grupos especiais sobre o impacto positivo de filmes como Aladdin e O Rei Leão na construção de sua personalidade. Junto das entrevistas, trechos das animações da Disney ilustram com muita propriedade as cenas descritas. Em determinada passagem, Owen compara o bullying que sofreu na escola com a humilhação sofrida por Quasimodo em O Corcunda de Notre Dame – e essa sem dúvida torna-se a passagem mais emocionante de todo o documentário.

Após apresentar o contexto nos trinta minutos iniciais, Williams divide a hora restante em três frentes: a primeira é a analisar as relações de Owen, que tenta engatar namoro no período em que está prestes a se formar no ensino médio; seu futuro próximo (com um emprego e com uma nova residência) também é alvo de perguntas e comparações. Como Simba, ele precisa encarar o desafio de tentar se virar sozinho; por fim, pequenas surpresas são planejadas para Owen: a visita dos dubladores de Aladdin Jonathan Freeman e Gilbert Gottfried, por exemplo, mostra o carinho especial do jovem pelo mágico mundo da Disney.

A emoção da família Suskind quanto mencionam a tristeza vivida nos primeiros anos de Owen é apresentada de forma honesta, tocando o coração do público. Eles não querem tornar Owen um herói, mas contam como a influência positiva das animações abriu uma porta para contato com uma pessoa que não falava nada e que não conseguia olhar para os próprios parentes. Life, Animated é o documentário mais fraco e menos relevante dos indicados ao Oscar 2017, especialmente quando comparado ao espetacular Weiner. Não chega a ser surpresa, dada a série de tropeços recentes do branch de documentário. Apesar disso, é eficiente e pode inspirar famílias que apresentam algum parente nesta situação.

NOTA: 7/10

IMDb

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