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Allied (Aliados) – 2016

Após sair da exibição de Allied (Aliados, no Brasil) fiquei com a plena certeza de que o filme dirigido por Robert Zemeckis é uma decepção completa pelo posicionamento de seu lançamento. Explico: um filme com orçamento de mais de oitenta milhões de dólares ambientado em uma época que geralmente é bem aproveitada no cinema, duas das maiores estrelas de Hollywood e um forte aparato de divulgação montados pela Paramount durante a temporada de premiações posicionavam teoricamente o longa na lista de filmes mais esperados de 2016. A fraca história e o fato de Allied ser um filme de estúdio, sem cenas grandiosas e com decisões questionáveis de roteiro pegam de surpresa o público que esperava uma super produção.

Mais uma vez Brad Pitt luta contra os nazistas. Desta vez, ele interpreta o espião canadense Max Vatan (Brad Pitt), que junto da líder da resistência francesa Marianne Beausejour (Marion Cotillard) trabalham para assassinar um alto oficial nazista na cidade de Casablanca, em 1942. Eles acabam se apaixonando e decidem se casar, vivendo na Inglaterra no restante da Segunda Guerra Mundial. Enquanto Max continua

O roteiro de Steven Knight mistura algumas cenas interessantes (que mostram a vida em Casablanca, por exemplo) com notórias aberrações utilizadas para criar um suspense que até tem potencial, mas falha ao prender a atenção durante toda a exibição por conta de distrações extras desnecessárias. Os efeitos gráficos não são bons (em determinada cena, a tempestade de areia parece mais uma sátira do que realidade de tão artificial e falsa).

Allied poderia ser aproveitado em fevereiro ou março, quando não teria a mesma pressão nas costas. Hail, Caesar! fez isto no último ano com muito sucesso para minimizar as perdas. Parece que alguns produtores realmente decidem partir para o tudo ou nada e preferem uma ou duas nomeações em categorias secundárias do Oscar para promover seu filme o quanto antes do que atrasar o lançamento e passar alguns meses polindo o filme na sala de edição. Zemeckis deve ter material de sobra para fazer uma boa versão do diretor, mas isso não esconde o fato de que a versão do cinema simplesmente não agrada.

NOTA: 6/10

IMDb

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