Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpeditor domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wordpress-seo domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/wp-includes/functions.php on line 6114
O Nascimento de uma Nação - Crítica do filme de 2016

WordPress database error: [Table 'dale2054280952.wp_p5mwz01qvq_userstats_count' doesn't exist]
SHOW FULL COLUMNS FROM `wp_p5mwz01qvq_userstats_count`

The Birth of a Nation (O Nascimento de Uma Nação) – 2016

The Birth of a Nation (O Nascimento de Uma Nação, no Brasil) conquistou Sundance. O leilão feito pelas distribuidoras dos Estados Unidos para garantir os direitos do filme tomou as páginas dos principais veículos especializados de cinema, já que a soma de 17 milhões de dólares pagos pela Fox Searchlight não apenas foi a maior da história do festival criado por Robert Redford, como também um importante marco na história do cinema negro, constantemente humilhado por Hollywood. No último ano, a falta de diversidade nas nomeações ao Oscar gerou uma série de debates – com reações de diversas pessoas importantes da indústria. The Birth of a Nation  – que já mostra uma grande identidade ao bater de frente com o título do clássico de  D.W. Griffith – ficou boa parte deste ano como o grande favorito aos principais prêmios da Academia. Em agosto, no entanto, o diretor e protagonista Nate Parker teve seu nome envolto em polêmica após a mídia revelar uma acusação de estupro no ano de 1999 junto de Jean McGianni Celestin, roteirista. A resposta negativa do público trouxe apenas prejuízos para a Fox: The Birth of a Nation foi lançado em outubro ao invés da janela de dezembro, com péssimos índices de bilheteria.

Nat Turner (Parker) é um escravo da plantação de Samuel Turner (Armie Hammer), na Virgínia. Ao contrário de seus pares, Samuel ao menos evita desrespeitar os negros. Nat, que aprendeu a ler na infância, desenvolve um interessa na Bíblia e espalha a palavra de Deus com paixão e vontade em outras plantações (em um negócio que acaba enchendo os bolsos de seu dono). Mas ao verificar as condições precárias e os abusos cometidos contra seus semelhantes, Nat não só revela o racismo enrustido de Samuel, como o grande nível de podridão intelectual dos brancos da região.

É na transição de Nat Turner que The Birth of a Nation ganha espírito e forma. A partir da boa fotografia de Elliot Davis, nota-se que o protagonista aos poucos desiste da palavra de Deus para lutar pela vida e decência, pegando em armas e libertando esccravos. Infelizmente as duas horas de filme limitam bastante o sentimento de progressão, já que a revolta histórica de 1831 infelizmente é contada de forma apressada. Sem entrar na questão do caso de estupro (o leitor que se interessar pode clicar aqui para conferir mais detalhes), fica a pergunta: o filme realmente seria candidato a alguma coisa? Na minha visão, a atuação de Parker seria boa o suficiente para arrancar algumas nomeações, mas o filme toma rumos estranhos. A clara impressão é de que Parker manipula seu espectador ao distorcer a história original de Turner. Alguns fatos são omitidos e outros são gerados para causar comoção. Por isso é normal notar que a audiência estadunidense aplaudia cenas de morte brutais, pouco contextualizadas. A história de heróis negros que lutam contra a opressão branca poderia caminhar apenas pelos registros históricos, mas Parker e Celestin decidiram reescrever as passagens para satisfazer a sede de vingança.

Cabe aqui, no entanto, um reconhecimento: poucos homens em Hollywood têm a coragem de trazer para a tela do cinema histórias que boa parte dos estadunidenses se envergonham. Apesar de seus erros estruturais e grosserias autorais, The Birth of a Nation, ainda que manchado pela polêmica de Parker, é um filme necessário que pode ser utilizado como um ótimo instrumento para o aprendizado sobre as brutalidades da escravidão.

* Screener enviado pela  Fox Searchlight.

NOTA: 6/10

IMDb

Leave a Reply