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In a Valley of Violence - Crítica do filme

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In a Valley of Violence – 2016

In a Valley of Violence estreou no festival South by Southwest, em março. Não conseguiu, no entanto, um contrato de ampla distribuição nos cinemas, limitando seu lançamento em poucas salas e alternando o foco para o video on demand. Uma pena, pois o filme de Ti West é muito mais do que um tributo aos clássicos westerns dos anos 1960.

Quase na virada para o século XX, o ex-militar (Ethan Hawke) para na cidade de Denton antes de rumar ao México. Junto de seu cachorro, ele acaba criando uma rivalidade com Gilly (James Ransone), filho do xerife (John Travolta). Após uma briga, Gilly decide buscar o acerto de contas com o estranho, que acaba gerando desastrosas consequências para todos da cidade.

A deliciosa narrativa envolve um humor ácido que envolve todos os personagens. Por conta da limitação de orçamento, é nítido que a cidade fica restrita apenas para quem tem participação direta na história, mas isso não chega a ser um problema, já que todos entram no clima proposto por West, com várias cenas dinâmicas. A violência referida no título é satisfatória, e West não tem medo de propor um estilo mais ‘sujo’ ao protagonista, que suja suas mãos com sangue sem piedade.

O referencial visual do filme é extremamente satisfatório, e isso fica comprovado desde os créditos iniciais, que busca inspiração no clássico Três Homens em Conflito. A fotografia em 35mm de Eric Robbins é muito competente, aproveitando o máximo do que o cenário no deserto tem a oferecer. O destaque, no entanto, fica com a impecável trilha sonora de Jeff Grace, que realmente lembra as notas de Ennio Morricone.

Travolta, em busca de uma retomada em sua carreira, infelizmente fica com uma participação bastante limitada, e não é capaz de se aproveitar do grande clímax do filme para promover sua atuação e seu personagem (e não existe um movimento do roteiro para o tornar como antagonista, é bom notar). In a Valley of Violence é surpreendente e eficaz. Prova que uma história muito simples pode gerar um bom filme, sem precisar apostar em grandes explosões ou cenas mirabolantes. Também é uma ótima oportunidade para prestigiar Ethan Hawke, que vive a melhor fase de sua carreira, e a prova de que West é um diretor com bastante potencial.

Uma boa adição para o gênero que parece esquecido pelo cinema.

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NOTA: 7/10

IMDb

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