Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wpeditor domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wordpress-seo domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/wp-includes/functions.php on line 6114
Um Estado de Liberdade - Crítica do filme

WordPress database error: [Table 'dale2054280952.wp_p5mwz01qvq_userstats_count' doesn't exist]
SHOW FULL COLUMNS FROM `wp_p5mwz01qvq_userstats_count`

Free State of Jones (Um Estado de Liberdade) – 2016

Newton Knight. Para seus conterrâneos do sul dos Estados Unidos, um desertor e traidor do exército confederado. Para os leais à União, um herói. Toda essa controvérsia é discutida em Free State of Jones (Um Estado de Liberdade, no Brasil), mais recente filme ambientado na guerra civil que destruiu os EUA no século XIX. Com o roteiro adaptado a partir da análise de dois livros referência sobre o assunto ( The Free State of Jones, de Victoria E. Bynum e The State of Jones, de Sally Jenkins e John Stauffer), o diretor Gary Ross aproveita o tradicional sotaque de Matthew McConaughey para completar um poderoso protagonista, envolto em gigantescas polêmicas durante sua vida.

Newton “Newt” Knight (McConaughey) é um fazendeiro do Mississippi que decidiu se alistar no exército confederado para atuar como médico durante a Guerra Civil. Extremamente desiludido com o conflito, ele abandona o campo de batalha após entender que os confederados lutam pela proteção dos interesses dos mais ricos, e não por uma sociedade mais justa. Com os altos impostos cobrados pelo governo local, ele cria um Estado de resistência em Jones County, chamando a atenção tanto dos moradores locais, que logo abraçam a ideia, como dos Generais sulistas.

Um dos grandes trunfos do filme é de saber discutir a relação entre História e cinema de maneira bastante clara, dentro e fora das telas. Ainda que o resumo da vida de Knight possa soar apressado para o espectador com profundo conhecimento prévio, o resultado é bastante positivo para um filme de 140 minutos de duração. Sim, vários momentos da vida de Knight (como a prisão e tortura pelos confederados, em 1863) ficaram de lado no corte final, mas a complexidade do evento é tão grande que o tempo para discutir tudo o que ocorreu em Jones Country precisaria, no mínimo, de uma mini-serie. Por outro lado, considero extremamente louvável a atitude do diretor e dos produtores criarem um site complementar para discutir cada cena do filme, apresentando inúmeros documentos originais e até mesmo fazendo um mea culpa em questões de estilo.

A produção é bastante eficiente, e apresenta cenários amplos, com um nível de detalhe impressionante, com influência direta dos dez acadêmicos consultados durante as filmagens. A maquiagem é pontual, todos andam sujos e lutam pelas suas sobrevivências. Ainda assim, é possível notar a atenção para objetivos secundários, como o começo da discussão sobre o papel do negro livre na sociedade dos Estados Unidos – que ganha mais poder na medida em que os confederados começam a perder território.

Na questão da narrativa, alguns pecados: todo o filme é montado a partir de técnicas consagradas – talvez com a ideia de Oscar de melhor filme na cabeça. O clímax ocorre em um discurso de McConaughey, que visa enquadrar o rosto do ator para preencher toda a tela – passando a ideia de paixão pela causa. Não tenho problema nenhum com isso, apesar de considerar tal técnica datada, mas no fechamento acontece um anti-clímax que transmite a mensagem de que não é possível apresentar um filme sobre a Guerra Civil com um final feliz. Ora, tal noção, dentro da própria proposta apresentada pelo diretor, não apenas cai em contradição direta, como também levanta questões muito mais complexas, como o surgimento da KKK, por exemplo.

Por conta de sua frustrante bilheteria no mercado estadunidense, a distribuição internacional de Free State of Jones foi duramente atingida, com cancelamentos e adiamentos, como ocorreu no Brasil. Mesmo que não seja o candidato ao Oscar que todos esperavam, os erros técnicos não podem deixar de lado o fato de que estamos tratando de uma ótima adaptação dos livros referência citados anteriormente. A autenticidade é marca principal do filme.

NOTA: 7/10

IMDb

Leave a Reply