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De Longe Te Observo - Crítica do filme

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Desde allá (De Longe Te Observo) – 2015

Indicado da Venezuela ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2017 e vencedor do Leão de Ouro de Veneza, Desde allá (De Longe Te Observo, no Brasil) encanta por estabelecer uma narrativa com entonação gradual, que consegue trabalhar a construção de seus personagens sem pressa alguma. A direção segura de Lorenzo Vigas dá fôlego para uma história bastante peculiar, recheada de surpresas.

Armando (Alfredo Castro) trabalha em uma clínica de próteses dentárias e mantém um padrão de vida muito agradável. Parte de seu dinheiro serve para caçar meninos nas ruas – oferecendo boas cifras em troca da nudez para sua masturbação. Certo dia, ele convida Elder (Luis Silva) – garoto com forte personalidade macho – que decide roubar o dinheiro do homem sem atender ao seu pedido. Mas a insistência de Armando acaba gerando uma improvável relação entre os dois.

A Venezuela passa por uma das maiores crises econômicas da atualidade, mas isso parece não afetar a qualidade das produções cinematográficas. Apesar de jamais ter sido indicada ao Oscar, o país investe pesado na promoção de produções nacionais, que não necessariamente repassam ao público mensagens políticas. Desde allá é um bom exemplo: Vigas não tem a mínima preocupação de idealizar uma Caracas perfeita, com segurança e riqueza. Ele permanece fiel à realidade quando mostra a dificuldade para se comprar um pão, as longas filas na rua e a desigualdade social.

A partir de um ambiente carregado, a narrativa toma corpo tão logo Elder é fixado como protagonista da história. A fotografia faz questão de deixar claro o título do filme ao propor captar várias cenas de Armando vigiando o jovem – com boas tomadas em terceira pessoa. Não se pode dizer que o filme explore um romance, pois o espectador é confrontado com grandes mudanças de eixo – transitando entre o drama e mesmo o thriller. No entanto, não se pode deixar de mencionar a força da mensagem contra a intolerância, que afeta o público de maneira surpreendente (muito por conta dos dez minutos finais).

Desde allá começa a temporada de premiações com grande potencial. Ainda assim, a temática pode enfrentar grande resistência da ala conservadora da Academia, que parece deixar de lado temas que pedem passagem – como o homossexualismo, por exemplo. Mas Vigas pode se orgulhar de seu estupendo trabalho, quebrando preconceitos até mesmo dentro do cinema de seu país.

NOTA: 7/10

IMDb

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