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Hello, My Name is Doris - Crítica do filme

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Hello, My Name Is Doris – 2015

As comédias independentes dos Estados Unidos apresentam roteiros muito melhores do que as tradicionais produções do mesmo gênero feitas em Hollywood. A explicação é simples: com um orçamento muito limitado e pouco potencial de marketing, existe uma necessidade de caprichar nos diálogos e na apresentação de histórias que chamem a atenção dos distribuidores estadunidenses. Hello, My Name Is Doris  é uma boa opção de entretenimento, com um toque leve e bastante inofensivo graças a uma belíssima atuação de Sally Field.

Doris Miller (Field) sofre com a solidão desde a morte de sua mãe. Sua vida é monótona, e limita-se em na coleção de objetos achados na rua, em conversas com suas amigas e no seu trabalho de contadora. É lá que ela conhece seu novo chefe, John (Max Greenfield), que tem idade para ser seu neto, mas que acaba despertando um forte sentimento de paixão. A cada troca de olhares, Doris sonha com o momento em que John irá lhe convidar para sair para jantar, para conversar e tem certeza de que um longo beijo na boca ocorrerá em breve, apesar de nada disso passar pela cabeça do rapaz.

O grande trunfo é abordar uma situação tão complexa de forma madura e responsável. O principal chamativo do filme é o confronto de gerações: Doris está presa na década de 1960, enquanto John tem a cabeça totalmente voltada para o mundo deste novo milênio. A construção de Doris como personagem é bastante interessante, já que o diretor Michael Showalter dedica boa parte de seu tempo para arcos de apoio que sustentam a visão de mundo de Doris – que luta constantemente para evitar que sua idade se torne um empecilho.

Sally é uma das estrelas de topo dos Estados Unidos – apesar de não estar na lista preferencial dos estúdios desde a década de 1990. Pelo fato de selecionar bem seus papéis, poucas são as chances de acompanhar essa atriz no cinema. É ótimo ver que ela mantém um altíssimo nível – e ela é a principal responsável pelo merecido sucesso de Hello, My Name is Doris no circuito independente americano. Torço para que a distribuição seja competente o suficiente para atrair um bom público no mercado estrangeiro, já que potencial o longa tem de sobra. Fato indiscutível é que Sally merece palmas pelo incrível trabalho – espero pelo menos uma indicação ao Spirit Awards.

* Hello, My Name is Doris está disponível na Amazon Video. Agradeço à Roadside pelo Blu Ray cortesia.

NOTA: 6/10

IMDb

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