Finding Dory (Procurando Dory, no Brasil) mostra que a Pixar, de fato, ainda é a principal força do mundo das animações. A sequência extremamente inocente e bem moldada de Procurando Nemo deixa claro que o público tem um carinho especial com filmes que conseguem despertar sentimentos variados – como pena ou felicidade – a partir de uma história simples e inocente.
Nesta aventura, Dory (DeGeneres) mora ao lado de Marlin (Albert Brooks) e de seu filho, Nemo (Hayden Rolence). O filme é baseado em pequenos flashbacks que contam a história da infância de Dory, que sofre de problemas de perda de memória recente – fato que fez ela se separar de sua mãe, Jenny (Diane Keaton), e de seu pai, Charlie (Eugene Levy). Dory então parte em busca de seus pais, e se recorda aos poucos de detalhes de sua vida para partir em busca do esperado reencontro.
Primeiro filme da Pixar em IMAX desde Carros 2, os incríveis detalhes de Procura Dory tornam este trabalho o mais impressionante já feito em termos gráficos. Todo oceano tem vida! Quando desviamos nossa atenção em algum momento para outro canto da tela, veremos peixes, plantas e solo com reações naturais. É o padrão Pixar em jogo, mais uma vez, aumentando ainda mais sua própria barra de qualidade.
Por conta de sua proposta, obviamente uma comparação direta com Up! ou mesmo com Inside Out tornam-se inválidas. Procurando Dory aposta no carisma de personagens consolidados, com destaque para o retorno de Nemo, e constrói ótimos laços sobre a relação familiar a partir da ausência e da saudade – que, de alguma forma, está sempre presente. Não existe, portanto, um traço de forte análise psicológica para refletir nos nossos impactos cotidianos, como ocorreu com o vencedor do Oscar do último ano. Ou seja, abordagens diferentes para chegar em um final feliz.
Procurando Dory passar por cima da impressão extremamente negativa de The Good Dinosaur e se credencia como uma das grandes forças para todos os prêmios de sua categoria. A maravilhosa música Unforgettable, de Sia, fecha com chave de ouro uma das grandes animações de 2016!
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NOTA: 8/10
NOTA: Antes da exibição do filme, a Pixar liberou para os cinemas Piper, seu curta anual e forte candidato ao Oscar de sua categoria. Em seus seis minutos, aproveitando de um exuberante cenário em algum litoral, descobrimos o simpático Piper, bebê pássaro que aprende aos poucos como se alimentar e criar relações de amizade e parceria. Com um CGI impressionante, destaca-se pela forte mensagem transmitida ao público. NOTA: 8/10. IMDb
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